Biden ordena vacinação para maioria de funcionários da administração

Biden ordena vacinação para maioria de funcionários da administração
Joe Biden, presidente dos EUA. REUTERS/Mike Segar

Cerca de 80 milhões de pessoas estão por vacinar.

O Presidente dos Estados Unidos ordenou, na quinta-feira, a vacinação obrigatória contra a covid-19 para todos os funcionários do governo federal.

Joe Biden lançou também um plano para forçar a maioria dos trabalhadores das empresas privadas do país a serem vacinados.

“Temos sido pacientes, mas a nossa paciência está a esgotar-se, e a vossa recusa [em aderir à vacinação] tem tido custos para todos”, disse, em relação aos quase 80 milhões de norte-americanos elegíveis para a vacina, mas ainda por vacinar.

Durante um discurso na Casa Branca, Biden anunciou uma série de regras que, no total, vão afetar cerca de 100 milhões de trabalhadores, “dois terços” da mão-de-obra do país.

O Presidente norte-americano está a tentar aumentar as taxas de vacinação no país, numa altura em que a variante delta fez regressar as taxas de infeção aos níveis de janeiro, com mais de mil mortes por dia, praticamente todas entre pessoas não vacinadas.

Primeiro, Biden assinou uma ordem executiva para 2,1 milhões de funcionários do governo federal, até agora com a opção de não se vacinarem caso fossem testados regularmente para a covid-19.

Uma segunda ordem executiva estabeleceu o mesmo requisito para todos os contratantes do governo federal, e Biden salientou que aqueles que querem trabalhar com a administração devem assegurar que “o pessoal seja vacinado”.

Estes mandatos de vacinação aplicar-se-ão também aos funcionários da maioria dos estabelecimentos de saúde dos EUA que recebem subsídios federais dos programas Medicare ou Medicaid, afetando cerca de 50 mil prestadores de cuidados de saúde no país.

A terceira medida será, se implementada, a mais significativa: o Presidente anunciou que o Departamento do Trabalho vai emitir uma medida de emergência que afetará todas as empresas com 100 empregados ou mais, num total de pelo menos 80 milhões de pessoas.

Essas empresas vão ter de assegurar que os trabalhadores são vacinados, ou terão de apresentar um resultado negativo no teste pelo menos uma vez por semana.

“O tempo de espera acabou. Não se trata aqui de liberdade ou escolha pessoal. Trata-se de se proteger a si próprio e aos que o rodeiam”, salientou Biden.

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