Impacto da pandemia no ensino

Impacto da pandemia no ensino
Foto por Pixabay, Pexels.com

Mais de 50% dos encarregados de educação duvidam que, na sequência da pandemia, os alunos recuperem as aprendizagens.

O inquérito sobre o impacto da pandemia no ensino levado a cabo pela Deco Proteste revela que 58% dos encarregados de educação duvidam que os alunos recuperem as aprendizagens perdidas por causa da pandemia. 

O estudo revela ainda que no ano letivo anterior mais de 85 por cento dos alunos do 1º ao 12º ano sofreram com os efeitos da pandemia. Contudo, 63 por cento admite que os educandos não estavam bem preparados no início do ano letivo atual.

Já sobre o regresso à escola, 87 por cento dos encarregados alegam que os alunos ficaram felizes quando voltaram e 69 por cento que houve melhoria nas capacidades tecnológicas. 

51 por cento dos encarregados refere que os educandos passam muito mais tempo no telemóvel, no computador ou noutro dispositivo tecnológico do que antes da pandemia nos tempos livres e 47 por cento refere que as crianças e jovens possuem uma vida social menos preenchida. 

Cerca de 41 por cento vê um grande impacto da pandemia na saúde mental dos estudantes e 32 por cento alega que os filhos não querem sair tantas vezes de casa como há dois ou mais anos. 

Em relação ao impacto da pandemia no funcionamento das escolas e nos hábitos e rotinas dos filhos, 83 por cento dos encarregados indicam que a pandemia contribuiu para a digitalização do ensino. Mais de metade dos encarregados defende um modelo híbrido, presencial e à distância, para crianças com acesso difícil à escola, já que consideram que os professores dominam as ferramentas do ensino à distância. 

Por outro lado, 46 por cento dos encarregados de educação sente-se menos ligado à escola, por falta de atividades escolares, mas 44 por cento vê desenvolvimentos no contacto direto com os docentes. 

Entre o final de outubro e novembro de 2021, o estudo em causa obteve 3 mil 834 respostas válidas em Espanha, Itália e Bélgica, 927 das quais em Portugal.