Em entrevista à Record TV, o médico Rui Nogueira diz que é prematuro associar a toma da vacina à morte do menor.
A Ordem dos Médicos diz que é imperativo manter-se a serenidade perante a morte da criança de 6 anos que morreu no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, uma semana depois de ser vacinada com uma dose pediátrica da vacina da Pfizer.
Através de um comunicado, os médicos dizem que até que haja um esclarecimento do que realmente aconteceu à criança, não se pode associar o falecimento do menino de seis anos à toma da vacina contra a covid-19. Opinião partilhada por Rui Nogueira, médico de família.
“Seria especulativo estar a dizer tudo aquilo que podia acontecer, mas pode haver doenças que não estando diagnosticadas, e por qualquer razão ainda não se manifestaram, e que num quadro de possível infeção, mesmo que banal, ter provocado um desfecho assim. Eu julgo que é especulativo estar a dizer que se (a criança) fez miocardite, se fez cefalite”, afirma o médico.
Rui Nogueira diz ainda que os pais não deve ter medo de vacinar os filhos.
“É importante transmitirmos às pessoas a segurança que esta vacina nos dá. Quer nos adultos, sejam idosos, quer nas crianças, como estamos a fazer agora de um forma mais recente. Ou seja, nós temos medo da doença mas não temos medo da vacina. E é bom lembrar que nós estamos a vacinar muitas crianças. Se nós traduzíssemos as 300 mil crianças que vacinamos com menos de onze anos, se traduzíssemos para saber o que significa 300 mil crianças, nós podemos dizer que significa o nascimento de quatro anos. São crianças que vacinamos anualmente que precisávamos de quatro anos para fazer o que fizemos agora em 3/ 4 dias”, acrescenta.
O médico de família apela ainda a uma aceleração do processo de vacinação de crianças e ainda da dose de reforço nos adultos.
