Diretora-geral da Saúde sublinhou que o fármaco não substitui a vacina e não confirmou quando estará disponível.
“Estão neste momento em curso os mecanismos para adquirir quantidades que não lhe vou dizer porque estão a ser ajustadas diariamente”, confirmou Graça Freitas, durante a conferência de imprensa em que o Governo anunciou a redução do número de centros de vacinação ativos.
No final de janeiro, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) autorizou o uso de Paxlovid, o antiviral da Pfizer contra a covid-19 para tratar doença grave.
Segundo Graça Freitas, Portugal já está a apresentar pedidos de reserva, através do Infarmed e da Direção-Geral da Saúde, mas a responsável não confirmou quando é que aquele medicamento vai estar disponível.
Questionada se o antiviral poderia substituir uma eventual quarta dose da vacina contra a covid-19, a diretora-geral sublinhou que “têm indicações totalmente diferentes”.
“A vacina é um medicamento que é utilizado para, preferencialmente, prevenção primária. Este antiviral destina-se a alguns doentes, com determinadas características, e é para evitar a progressão da doença”, explicou.
Quanto ao reforço da vacinação, Graça Freitas recusou ainda o termo “quarta dose” e justificou que, caso a vacina contra a covid-19 continue a ser administrada, será num regime seletivo e sazonal, semelhante ao da vacinação contra a gripe.