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Clima crispado incendeia Assembleia Geral do FC Porto

Clima crispado incendeia Assembleia Geral do FC Porto
© Lusa
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A reunião extraordinária foi marcada por comportamentos intimidatórios e violência entre sócios ‘azuis e brancos’. Foi adiada para 20 novembro.

A noite de ontem foi tudo menos tranquila. O objetivo da Assembleia Geral (AG) era deliberar sobre várias alterações aos estatutos, mas a enorme afluência de público e a confusão que se instalou impossibilitou o regular desenrolar da mesma – chegou mesmo a ouvir-se a explosão de petardos nas imediações.

Com a realização prevista para um auditório com capacidade para cerca de 400 pessoas, a concentração de muitos mais sócios no exterior motivou o adiamento, das 21:00 para as 22:30, e alteração de recinto, para o Dragão Arena.

Os ânimos, que já estavam agitados entre adeptos, ficaram ainda mais acessos no novo recinto. Registaram-se agressões entre sócios, comportamentos intimidatórios, com envolvimento de elementos dos Super-Dragões, e a confusão generalizou-se, provocando a debandada das bancadas. Sem condições de segurança para continuar, a mesa da AG decidiu adiar a reunião para 20 de novembro, às 21:00, no Dragão Arena.  

Algumas das principais alterações aos estatutos que iam ser sujeitas a votação tinham a ver com o direito de voto passar a estar acessível apenas ao fim de dois anos de filiação sénior (atualmente é necessário somente um) e a possibilidade de as eleições poderem ser realizadas “até junho”, em vez de abril.

André Villas-Boas, possível candidato à presidência dos ‘dragões’, foi um dos presentes. Em declarações aos jornalistas disse: “Foi-nos dada a informação de que o presidente da Mesa da Assembleia Geral queria mudar a AG para outro local daqui a 45 minutos porque, tendo em conta as filas que se propagam até à rotunda da VCI, podem bem calcular que o registo de todos os associados é difícil de acontecer. Lamentavelmente, não há condições para tomar qualquer decisão nesta AG. Peço ao presidente da Mesa que reconsidere a suspensão desta AG e que a remarque para local e hora apropriada para que todos os sócios do FC Porto possam votar livremente na proposta e decisão de alteração dos estatutos”.

O ex-treinador do FC Porto criticou também o planeamento da AG. “Lamentavelmente, fica registado hoje a falta de organização de uma Assembleia Geral extraordinária para a mudança dos estatutos. Quero agradecer a presença dos associados, principalmente os que sentem o FC Porto de forma intensa, que marcaram presença e esperavam outra organização para esta AG”.

Entretanto hoje, a direção do FC Porto divulgou um comunicado em que explica, entre outras coisas, que a afluência de associados foi superior ao esperado, condenando os atos de violência: “Os desacatos entre associados, incluindo agressões físicas, que se geraram durante a intervenção de um membro da comissão de revisão dos estatutos e depois da participação de um associado são condenáveis e mancham uma história centenária de cultura democrática”.

 

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