Atleta revela que foi tratada de forma diferente pelo clube, desde que foi mãe.
A FIFA deu a conhecer uma decisão histórica e que pode mudar o panorama do futebol feminino, bem como o tratamento das mulheres no desporto.
O Lyon foi condenado a pagar mais de 80 mil euros a Sara Björk, islandesa de 32 anos que ficou grávida e a quem o clube privou parte dos ordenados.
Sara Bjork Gunnarsdottir’s landmark ruling against former club Olympique Lyonnais sends a clear message to clubs and footballers worldwide:
— FIFPRO (@FIFPRO) January 17, 2023
The strict application of maternity rights is enforceable.
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Estávamos em março de 2021 e a vida corria bem a Sara Björk. A médio islandesa jogava no Olympique Lyon, à data bicampeão europeu de futebol feminino, e desfrutava de um clube que proporciona todas as instalações e recursos necessários para que as mulheres possam ter o melhor rendimento desportivo, até que engravidou.
Assim que revelou que estava grávida, Sara regressou à Islândia e ficou por lá até o bebé nascer. A decisão foi apoiada pela direção do clube e a jogadora garantiu que queria regressar depois do nascimento da criança.
Mas o pior veio depois. O primeiro salário falhou, o segundo também e por aí em diante. Os representantes da jogadora entraram com o contacto com o clube, que pediram desculpa pelo lapso nos dois primeiros meses, mas referiram que não iriam pagar mais até a jogadora voltar.
Foi então que Sara decidiu recorrer ao Tribunal da FIFA. A batalha judicial durou cerca de um ano e meio e contou com o apoio jurídico do Sindicato Mundial de Jogadores Profissionais.
O filho da jogadora nasceu em dezembro e em janeiro apresentou-se no clube francês, mas sentiu sempre um tratamento diferente por ser mãe e por isso em julho mudou-se para a Juventus, clube que ainda hoje representa.