Bárbara Borges: “A paixão ficou clara, mas foi bom deixar para depois”

Bárbara Borges: “A paixão ficou clara, mas foi bom deixar para depois”
Reprodução Instagram

Vencedora da 14.ª edição de ‘A Fazenda – Tudo a Ver’, a atriz Bárbara Borges partilha detalhes da sua participação no reality da Record TV, da educação dos dois filhos e do namoro com o ator Iran Malfitano.

Já definiu o que vai fazer com o prémio de 270 mil euros pela vitória em ‘A Fazenda – Tudo a Ver’?

Decidi aceitar o desafio de ir para o reality em primeiro lugar, pela oportunidade de voltar a ter visibilidade e retomar a carreira de atriz ao participar num programa com uma grande audiência e visibilidade numa rede amada pelo público como a Record TV. Conquistei espaço na profissão sem conhecer ou ser ajudada por alguém influente no meio. Fiz trabalhos que me realizaram muito, mas também passei pela frustração de ficar sem trabalho. Sou apaixonada e muito dedicada à minha profissão desde o tempo em que era mais nova e comecei. Fiz uma pausa na carreira para ser mãe, tive dois filhos num intervalo de dois anos e depois, para voltar, foi difícil. Pensei na ‘Fazenda’ como uma forma de consolidar esse regresso, que começou na novela ‘Belaventura’, um trabalho muito gratificante, iniciado cinco meses depois do nascimento do Theo, o meu filho mais novo, hoje com seis anos. Martin, o mais velho, tem oito. O prémio é uma consequência. Maravilhosa, abençoada, claro, mas uma consequência. Pretendo investir o dinheiro sobretudo na educação dos meus filhos. Faço tudo por eles.

Fale um pouco sobre a sua família.

Sou carioca. Fui criada em Copacabana. O meu pai, Evandro, é professor de Física e Matemática. A minha mãe, Edna, é dona de casa. Sou a mais velha. Tenho dois irmãos: Evandro Filho, um ano e sete meses mais novo do que eu, e o Lucas, do segundo casamento do meu pai. As nossas férias e folgas eram passadas nas casas dos meus avós, num distrito de Rio Bonito e em Bemposta, distrito de Três Rios, no interior do Estado do Rio.

A Bárbara teve alguns conflitos na ‘Fazenda’. Com a influenciadora digital Deolane Bezerra as coisas começaram a aquecer…

Estes programas de reality show são os desafios da convivência, sobretudo entre pessoas que não possuem intimidade. Fui preparada, consciente de que seria desafiada em alguns momentos e que iria mostrar características que o público não conhecia, sobretudo as negativas. Quando o jogo começou, decidi que iria formar opinião sobre as pessoas pelo que acontecesse lá dentro, e não pelas coisas que ouvia aqui fora. Não conhecia pessoalmente a maioria das pessoas da casa e não acompanhava a vida da Deolane. Sabia apenas da parte trágica relacionada ao marido dela, MC Kevin. A figura dela era muito forte, tanto que era considerada favorita. As pessoas faziam um círculo à volta dela. Mas as minhas primeiras preocupações não foram direcionadas a ela, mas sim a Thomaz Costa e a Pétala Barreiros. Quando surgiram as diferenças com a Pétala, a Deolane assumiu a defesa e passou a reagir como se fosse com ela. Aí as coisas mudaram e os nossos conflitos começaram a acontecer. Mas tudo é uma aprendizagem.

Mas ‘A Fazenda’ deu-te outro presente além do prémio: o relacionamento com o ator Iran Malfitano.

Verdade. Quase todos os relacionamentos entre participantes de reality shows começa dentro do programa. Alguns são trazidos para fora, outros não, mas o facto é que começaram lá dentro praticamente em todos os casos. No nosso foi diferente: nós assumimos publicamente o relacionamento a 1 de janeiro, 17 dias depois do término da competição. Conheço o Iran há mais de 20 anos, desde o tempo da série ‘Malhação’. Tínhamos 20 e poucos anos. Depois fizemos ‘Bela, a Feia’, na Record TV, mas sempre como amigos. Antes do início de ‘A Fazenda’, quando o nome dele foi falado na imprensa, fiquei muito feliz. Afinal de contas, teria um amigo no meio de tanta gente com a qual não tinha intimidade. O André Marinho era outro que conhecia e de quem gosto muito. No jogo, eles tornaram-se logo meus aliados. E assim seguimos, partilhando tudo, inclusive a cama em vários momentos. Lá dentro, eu e Iran estávamos fechados para a parte de relacionamentos. Pensávamos apenas na competição. O Iran é extremamente carinhoso. Havia momentos em que eu olhava para ele e pensava: ‘Que homem interessante’. Sentia o coração bater fortemente. Mas controlava-me logo. Acho que houve maturidade dos dois lados e foi bom. Afinal de contas, fomos os primeiro e terceiro classificados. Se eu fosse mais nova, impulsiva e imatura, acho que o relacionamento acontecia lá mesmo. Vendo as imagens depois, ficou claro para mim que dei todos os sinais de uma mulher apaixonada na reta final. Os gestos, os coraçõezinhos com a mão…. Só faltou dizer que estava apaixonada e saltar para os braços dele. Mas foi melhor deixar para depois.

O que os seus filhos acharam da sua participação?

Não foi fácil para eles encarar os meus conflitos. As crianças não aceitam bem essas coisas. No início eles também não entendiam porque é que eu iria passar mais de três meses fora de casa, num programa, sem que eles pudessem ligar-me ou fazer videochamadas, e muito menos visitar-me onde eu estivesse. Eles veriam algumas discussões minhas. Disseram que as criticaram algumas vezes… enfim, reagiram como filhos. É natural.

O que a Bárbara gosta de fazer quando não está a atuar ou a trabalhar?

Gosto de tudo o que seja relacionado com autoconhecimento: leitura, cursos, palestras…. Gosto muito de psicoterapia, meditação, viagens e de estar em contacto com a natureza. E de dançar. A dança deixa-me em estado de leveza e alegria absolutas.

E os planos para o futuro próximo, quais são?

Como disse, é claro que ganhar o prémio foi maravilhoso, mas entrei na ‘Fazenda’, fundamentalmente, para dar nova força à minha carreira. Estou num momento feliz afetivamente e com os meus filhos. O que desejo profissionalmente para os próximos meses e anos, acima de tudo, é trabalhar o máximo possível em todos os espaços que uma atriz pode ocupar.