Brasil é o quarto país com mais acidentes de trânsito

Brasil é o quarto país com mais acidentes de trânsito
Record TV

O ‘Repórter Record Investigação’ exibe o documentário ‘Trânsito que Mata’ já amanhã, a partir das 21:00, na Record TV Europa.

O ‘Repórter Record Investigação’ de amanhã mostra que, a cada 60 minutos, três a quatro pessoas morrem em acidentes de trânsito no Brasil, o que coloca o país em quarto lugar neste ranking mundial. Mas porque é que o trânsito de veículos dentro das cidades brasileiras é tão violento?

Para produzir este documentário, os jornalistas Marcus Reis, Giselle Barbieri, Leonardo Medeiros, Mauro Júnior e Aline Bertoli concentraram-se em três estados: Ceará, Minas Gerais e São Paulo – que são os que mais registam ocorrências de mortes e acidentes.

Ainda vamos conhecer o município nordestino de Pereiro, com 15 mil habitantes, onde há mais motas do que pessoas habilitadas a conduzir. E ninguém usa capacete.

A equipa do ‘Repórter Record Investigação’ apanhou situações surreais na cidade. Adolescentes a pilotar motas, bebés a serem transportados sem qualquer proteção, pessoas sobre duas rodas com passarinhos, cães e com cargas de alimento.

O resultado de tanta irresponsabilidade são os altos índices de acidentes envolvendo motociclistas. Francisco saiu com a namorada para ir ao banco. Ele não olhou para os dois lados ao atravessar uma avenida. Um carro bateu-lhe de frente. Ambos foram socorridos e levados para o hospital em estado grave. A namorada não resistiu aos ferimentos e morreu.

“Eu passei muitos dias nos cuidados intensivos, fiquei com muitos ferimentos, parti as pernas. Só soube da morte da minha namorada quando acordei”, relembra Francisco Alves da Silva.

As motas são a principal causa de acidentes graves. Representam 79% das indemnizações em todo o país.

Minas Gerais é o estado onde há mais mortes de crianças e adolescentes no trânsito. Na capital Belo Horizonte, um carro de luxo, a alta velocidade, bateu noutro veículo em que estavam quatro pessoas da mesma família. O carro das vítimas capotou e explodiu. O responsável pelo acidente tinha bebido e já respondia por dirigir embriagado e por fugir a uma operação stop.

“Eu fiz umas 19 cirurgias, foram em muitas partes do corpo. A minha vida mudou completamente. Perdi o meu pai e a minha filha de 14 anos,” conta Glênnia Carmo, uma das sobreviventes.

Já São Paulo é a cidade mais perigosa para quem anda de bicicleta. Só em 2021, 41 ciclistas morreram na capital paulista. Anderson, de 20 anos, saiu de bicicleta e nunca mais voltou para casa. Um motorista em alta velocidade matou-o. Ele estava embriagado, não prestou socorro e fugiu com o carro completamente destruído.

“Eu jamais vou esquecer o meu filho, ele vai ser sempre o meu menino”, desabafa a mãe, Clarice Fidélis.

E os nossos repórteres acompanham o trabalho de bombeiros que salvam vidas no trânsito de São Paulo.

Não perca o ‘Repórter Record Investigação’, todos os domingos, às 21:00 (Lisboa/Londres), na Record TV Europa.