O pescador brasileiro Romualdo Rodrigues Macedo ficou 11 dias naufragado no oceano Atlântico. Quando ele se deu conta da situação em que se encontrava transformou um frigorífico, antes utilizado para armazenar peixe, numa embarcação improvisada.
O jornalista Roberto Cabrini, que foi de Belém para o Suriname – país localizado na costa nordeste da América do Sul, a norte do Brasil – para se encontrar com o pescador, pode ter uma ideia real das condições em que Romualdo enfrentou a fome, sede, cansaço, ondulação, tubarões e o desespero de uma situação tão extrema.
Quando ele foi encontrado no Suriname, as suas roupas estavam rasgadas e ele estava muito debilitado. Conforme afirma Luís Carlos Porto, adido da Polícia Federal no Suriname, a primeira autoridade brasileira a ter acesso a Romualdo, “encontramo-lo já depois de medicado, hidratado e alimentado, na área de reserva da imigração. Ele estava magro e debilitado, mas consciente”.
Romualdo, que não sabe nadar, quando foi entregue às autoridades do Suriname foi detido por ser considerado um imigrante sem documentação, até que a sua situação fosse regularizada e ele fosse extraditado para o Brasil. O embaixador brasileiro no país, Raphael Azeredo, mostra o quanto tentou para que Romualdo voltasse ao seu país de origem o quanto antes.
A meio da reportagem especial do ‘Domingo Espetacular’, o delegado Luís entrega ao pescador, na presença de Cabrini, uma autorização para que Romualdo – que não tem passaporte – voltasse ao seu próprio país. De acordo com ele: “É o dia mais importante da minha vida. Nasci de novo e agradeço a todos aqueles que me ajudaram”.
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