Juliana Boller: “Desde criança que sou apaixonada pelo teatro”

Juliana Boller: “Desde criança que sou apaixonada pelo teatro”
© Record TV

Julina Boller foi a convidado do podcast ‘Fora de Série’, apresentado por Ana Carolina Cury.

A atriz brasileira contou tudo sobre os conflitos de Zeruia, a sua personagem na superprodução ‘Reis’. Na trama, a irmã de Davi está na origem de várias polémicas e a atriz revela agora algumas curiosidades sobre a mesma.

Começaste a fazer teatro muito nova. Como foi esse início?
Começou tudo num hobbie, não tinha ninguém que trabalhasse em teatro, televisão ou cinema. Aos seis anos, estudava num colégio que tinha aulas de teatro e acabei por ter essas aulas complementares. Divertia-me muito. Eu tive uma mãe e um pai que me apoiaram sempre muito. Desde criança que sou apaixonada pelo teatro. Perguntei à minha mãe o que significava ‘profissão’ e ela respondeu que era o que eu mais gostava de fazer. Quando comecei a ficar mais velha comecei a ter dúvidas sobre o que eu realmente gostava – e a minha mãe também me questionou sobre o porquê de estar a duvidar dessa vocação. Depois disso, percebi que não queria mesmo fazer outra coisa. No fundo, tinha inseguranças pelo facto de a profissão ser tão instável. A televisão é o nosso maior ‘ganha-pão’, ela não depende só do nosso talento. É muito difícil escolherem-te para uma personagem que nada tem a ver contigo. É uma carreira muito complicada, porque trabalhar com arte é muito subjetivo.

Como é que chegaste à Record TV?
Eu tenho uma história que acho que nunca contei. Fui à Record gravar um ‘cadastro’ – o que os atores fazem quando não têm nenhum teste ou trabalho agendado. Nessa altura, conheci um produtor de elenco que estava enlouquecido com a produção do ‘José do Egito’. Então, eu fiquei do lado de fora das instalações à espera, a tentar decorar ainda mais o texto e assim… No entanto, não sabia a que horas ia entrar, nem sabia se ia realmente gravar ou não. Passado um bocado o produtor passa por mim e diz-me que não conseguia gravar hoje. Nesse momento, eu perguntei onde é que ele ia então e ele ia para o mesmo sítio que eu, então pedi boleia! Fomos os dois a conversar sobre a outra série que ele estava a produzir e eu arrisquei e perguntei se tinham alguma personagem para mim. Para minha surpresa, ele disse que sim! [risos] “Então vamos fazer um teste?”, perguntou. Disse logo que sim! Foi brutal. A partir daí fui conhecendo mais produtores e pessoal da casa e adorei. 

Como recebeste o convite para fazer parte de ‘Reis’?
Foi impressionante! Eu faço sempre papéis de ‘meninas exemplares’, personagens que têm de ser sempre um exemplo para os outros. A Zeruia é o oposto completo! Ela segue sempre as suas emoções e esquece a razão. Ela é superinteressante, e, durante a trama, há alguns momentos em que o público poderá conhecer o passado dela.

Como é que a descreverias?
Quando me chamaram para a novela disseram que iria fazer uma personagem que seria uma vilã. Eu pensei que seria muito divertido, porque era diferente. As pessoas nunca olhavam para mim achando que deveria interpretar uma vilã. Quando comecei a interpretá-la percebi que ela não era uma vilã, era um ser humano normal. A Zeruia pede desculpa, erra de novo, volta a pedir desculpa e erra novamente. Ela enfrenta os homens de uma forma direta, algo que na época não era de todo habitual. Ela é um pouco inconsequente – diria até um pouco imatura. Estou a divertir-me muito e acho que o público também. [risos]

Há algo que nos possas adiantar sobre a superprodução, a nível de bastidores, relação entre os atores?
Não sei se posso falar já, mas vai haver uma cena incrível de efeitos que vão poder ver. Não estou a falar de efeitos digitais, mas efeitos de maquilhagem mesmo. Acho isso bastante interessante. Muitas vezes não se sabe como é feito e é superinteressante.

Assista ao podcast completo: