Para os especialistas, o transtorno de acumulação não tem cura, mas existe tratamento.
Casa abarrotada de coisas, lixo espalhado por todos os cantos, madeira e papelão guardados nas divisões da casa. O ‘Repórter Record Investigação’ de amanhã mostra o dia a dia de pessoas que acumulam objetos e têm dificuldade em se desfazer dos pertences, independentemente do valor. Para os especialistas, o transtorno de acumulação não tem cura, mas existe tratamento.
A reportagem especial de Marcus Reis, Flávia Prado, Laura Ferla e Tarcísio Badaró revela como vivem pessoas que convivem com o transtorno e de que maneira algumas estão a conseguir superar o problema.
Claudemir é um acumulador compulsivo que vive numa casa repleta de lixo, sem nenhum espaço para móveis ou objetos pessoais. O drama deste recoletor também atinge a mãe e a irmã, que moram ao lado dele. “Ele começou a acumular por causa da droga e do álcool. Nessa altura ele não parou mais de trazer lixo para dentro de casa”, revela a mãe, Ana Célia.
A equipa do programa acompanhou a limpeza da casa de Maria, que mora com a família e acumula principalmente madeira e papelão. Foi necessário um camião para dar conta do material. “Não acredito que tinha tanta coisa dentro de casa. Não imaginava isto. Agora há muito mais espaço”, desabafa aliviada.
Zenir é apaixonada por animais. Já acolheu dezenas, especialmente cães, que convivem com ela num espaço muito pequeno. Ela nega ser uma acumuladora, assumindo ser antes uma protetora dos animais. “Eu não tenho nenhum transtorno, não sofro disso”, defende-se.
Isaías já não leva para casa tudo o que encontra na rua. Já passaram quase dois anos que ele é acompanhado por psicólogos e assistentes sociais. O repórter Marcus Reis reencontrou-o e conta o que mudou na vida de Isaías de lá para cá. “Desfiz-me de tudo, só tenho umas coisinhas aqui em casa que eu vou vendendo”, relata.
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