Entre 2013 e 2022, mais de seis mil pessoas foram encontradas em condições sub-humanas de trabalho na região, em grande parte em carvoarias.
O ‘Repórter Record Investigação’ desta semana mostra com exclusividade as operações de combate ao trabalho escravo, em Minas Gerais. Nos últimos dez anos, o estado é o que apresenta um maior índice no resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão. E entre 2013 e 2022, mais de seis mil pessoas foram encontradas em condições sub-humanas de trabalho na região, em grande parte em carvoarias.
O programa mostra flagrantes de carvoeiros em condições desumanas, sem equipamentos de proteção, em casas precárias, sem salário – e muitos deles estão em dívida com quem os contratou.
“Eu trabalho de domingo a domingo, sem dia de folga, para ganhar dois mil reais”, revela Ivanilson, que se arrepende de ter deixado o emprego numa lava jato para trabalhar na carvoaria. “Sem contar que estou longe da minha família”, completa.
Noutra operação, no centro-sul de Minas, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho avalia as condições de mais uma carvoaria. Divino, 56 anos, que está na produção de carvão vegetal há dois meses reclama o atraso no pagamento. “Estou há 60 dias sem ganhar nada, trabalho sem parar, de domingo a domingo, eu não paro. Não tenho dinheiro para mandar para a minha família”, conta.
Não perca a reportagem no ‘Repórter Record Investigação’, sábado, às 22:45 (hora Lisboa/Londres), na Record TV Europa.