Apenas foram encontrados destroços do aparelho.
A televisão estatal chinesa CCTV informou hoje não terem sido encontrados, até agora, quaisquer sobreviventes do acidente do avião, que se despenhou na segunda-feira, numa área montanhosa no sul da China.
“Destroços do avião foram encontrados no local, mas, até agora, não foram encontrados sobreviventes”, disse a CCTV, mais de 18 horas depois do acidente.
O Boeing 737-800 da companhia China Eastern Airlines, com 132 pessoas a bordo, caiu perto da cidade de Wuzhou, na região autónoma de Guangxi.
O voo partiu da cidade de Kunming, na província de Yunnan, sudoeste da China, com destino final em Cantão, sul do país.
A explosão causada pelo embate foi registada em imagens de satélite da agência espacial norte-americana NASA.
O acidente criou um buraco na encosta da montanha, informou a agência de notícias oficial Xinhua, que citou a equipa de resgate.
A mesma fonte disse que veículos aéreos não tripulados (‘drones’) e buscas manuais estão a ser usadas para tentar encontrar as “caixas-negras”, que contêm os dados de voo e os gravadores de voz da cabina, essenciais para a investigação de acidentes.
O Presidente da China, Xi Jinping, pediu uma “operação de resgate completa”, bem como uma investigação sobre as causas do acidente.
A imprensa estatal informou que todos os modelos da Boeing 737-800 da frota da China Eastern estão parados, numa medida considerada incomum por especialistas em aviação, a menos que haja evidências de um problema com o modelo.
A China tem mais aviões 737-800 do que qualquer outro país, quase 1.200, e se o uso de aviões idênticos em outras companhias aéreas chinesas for interrompido, “poderia ter um impacto significativo nas viagens domésticas”, disse o consultor de aviação IBA.
Estes aparelhos estão a ser utilizados desde 1998, tendo a Boeing vendido mais de 5.100 unidades.
Este modelo esteve envolvido em 22 acidentes, que danificaram os aviões de forma irreparável e causaram 612 mortos, de acordo com dados compilados pela Aviation Safety Network, um braço da Flight Safety Foundation.
“Existem milhares deles em todo o mundo. Certamente tem um excelente histórico de segurança”, disse o presidente da fundação, Hassan Shahidi, sobre o 737-800.