Sessenta por cento das doenças infeccionas humanas têm origem animal, segundo números da OMS. Hoje assinala-se o Dia Mundial da Zoonoses, onde se incluem doenças como a Covid-19.
A data tem origem em 1855, quando o cientista francês Louis Pasteur aplicou a primeira vacina antirrábica numa criança de oito anos. Depois de vacinado, Joseph Meister tornou-se o primeiro sobrevivente da doença.
Uma ação que permitiu diminuir o número de contágios e a gravidade dos casos de raiva em seres humanos. Uma das muitas doenças transmitidas de animais para humanos, as chamadas Zoonoses, que, segundo números da Organização Mundial de Saúde, representam 60 por cento das doenças infecciosas humanas.
No Dia Mundial da Zoonoses, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária lembrou o impacto que estas doenças têm a nível mundial, em diferentes comunidades sinalizando a importância da existência de rede de informação integrada que apoie a prevenção, a deteção precoce e a resposta ativa ” de forma a evitar este tipo infeções. A DGAV explica que é importante “manter uma boa articulação entre todos os interessados nos setores da medicina humana e veterinária, da biologia, da ecologia e de tantos outros, para que a monitorização da informação relevante, possa contribuir para a prevenção de desequilíbrios que poderão pôr em causa a sanidade de um ecossistema.”
As Zoonoses mais comuns na Europa são a Salmonella (bactéria que provoca inflamação nos intestinos, transmitida por ingestão de alimentos contaminados), e a Campylobacter (bactéria responsável por diarreia, provoca gastroenterites bacterianas).
Outras doenças zoonóticas muito conhecidas são a Covid-19, Ébola, Raiva, a Tuberculose, a Gripe Aviária, entre outras.
O contágio com esta doença é possível de diversas formas, nomeadamente a partir da ingestão de alimentos contaminados, pelo contacto do ser humano com o animal ou pela transmissão da doença por intermediários.
De acordo com a OMS, a prevenção das doenças zoonóticas passa por aplicar as diretrizes de segurança nos cuidados com os animais no setor agrícola, como a utilização de água potável e a realização de campanhas que promovem a lavagem das mãos após contacto com animais.
