Bolsonaro destaca combate à corrupção em discurso na ONU

Bolsonaro destaca combate à corrupção em discurso na ONU
REUTERS/Amr Alfiky

Presidente brasileiro discursou na abertura da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas, destacando a economia brasileira e o combate à corrupção realizado pelo seu governo.

Jair Bolsonaro foi o primeiro chefe de Estado a discursa na Assembleia-Geral da ONU, cumprindo uma tradição de décadas. No discurso do presidente brasileiro, Bolsonaro destacou o combate à corrupção, realizado pelo seu governo.

“No meu governo, extirpamos a corrupção sistémica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e desvios chegou à casa dos US$ 170 bilhões”, afirmou o Presidente brasileiro.

Jair Bolsonaro não citou o nome de Lula da Silva mas nem por isso deixou de falar sobre o adversário político, criticando o governo do antigo presidente e ainda o esquema de corrupção na Petrobras.

“O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas.”

Num discurso com cerca de 20 minutos, o líder brasileiro saudou a economia brasileira, falando num período de “plena recuperação” enquanto a pobreza “aumentou em todo o mundo”.

“Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao final de 2022 com uma economia em plena recuperação. Temos emprego em alta e inflação em baixa. A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo o mundo sob o impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada”.

Relativamente ao conflito na Ucrânia, o presidente brasileiro garantiu que o  Brasil defende “um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não-combatentes, a preservação da infraestrutura crítica para assistência à população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito”.  Jair Bolsonaro deixou um apelo para as partes envolvidas para que “não deixem escapar nenhuma oportunidade para pôr fim ao conflito e garantir a paz”.