Chefe da estação de comboios na Grécia acusado de homicídio por negligência

Chefe da estação de comboios na Grécia acusado de homicídio por negligência
REUTERS/Kostas Mantziaris

Colisão entre dois comboios fez, pelo menos, 47 vítimas mortais. Acidente levou a violentos protestos no país.

Depois do Primeiro-ministro da Grécia ter afirmado que o acidente se deveu a um “trágico erro humano”, o chefe da estação de comboios de Larissa, detido pelas autoridades, foi acusado de homicídio involuntário por negligência.

O homem de 59 anos nega qualquer tipo de responsabilidade no acidente, afirmando que este se deveu a uma falha técnica.

Pelo menos 47 pessoas morreram naquele que já o acidente mais ferroviário a acontecer a solo grego. A identificação das vítimas continua com recurso a amostras de ADN voluntariamente cedidas pelas famílias de quem seguia a bordo do comboio. A identificação tem-se tornado um processo complicado principalmente aos passageiros que seguiam na primeira carruagem, afetada por um violento incêndio.

O ministro dos Transportes, Kostas Karamanlis, demitiu-se ontem do cago, assumindo “falhas de longa data das autoridades para reparar um sistema ferroviário que não está preparado para o século XXI”.

Acidente origina protestos

A tragédia levou ontem à mobilização de centenas de pessoas que falam numa “tragédia anunciada”.

Em Atenas, pessoas protestaram contra empresa responsável pela manutenção dos caminhos-de-ferro no país, num protesto que se tornou violento, com vários confrontos entre manifestantes e polícia.

A investigação ao acidente continua.