China tem ambiente online mais repressivo do mundo

China tem ambiente online mais repressivo do mundo
REUTERS

A China tem o pior ambiente do mundo para a liberdade na internet pelo oitavo ano consecutivo, com a censura a intensificar-se durante os Jogos Olímpicos de Pequim deste ano, indicou a organização Freedom House.

No seu relatório anual, denominado “Liberdade na Rede 2022: Contrariando uma revisão autoritária da Internet”, a organização sem fins lucrativos com sede em Washington indicou que os utilizadores de internet na China são os que têm menos liberdade, uma tendência que se vem mantendo ao longo dos últimos oito anos.

A China tem o pior ambiente do mundo para a liberdade na internet pelo oitavo ano consecutivo, com a censura a intensificar-se durante os Jogos Olímpicos de Pequim deste ano, indicou esta terçs-feira a organização Freedom House.

No seu relatório anual, denominado “Liberdade na Rede 2022: Contrariando uma revisão autoritária da Internet”, a organização sem fins lucrativos com sede em Washington indicou que os utilizadores de internet na China são os que têm menos liberdade, uma tendência que se vem mantendo ao longo dos últimos oito anos.

“A censura intensificou-se durante os Jogos Olímpicos de Pequim 2022 e depois de a tenista Peng Shuai acusar um alto funcionário do Partido Comunista Chinês (PCC) de agressão sexual. O Governo continuou a reforçar o seu controlo sobre o crescente setor de tecnologia do país, incluindo de novas regras que exigem que as plataformas usem os seus sistemas algorítmicos para promover a ideologia do PCC”, disse a Freedom House.

Além dos Jogos Olímpicos, também o conteúdo relacionado com a pandemia de covid-19 permaneceu fortemente censurado.

“O Governo também intensificou a censura de conteúdo ‘online’ relacionado com os direitos das mulheres e reprimiu campanhas nas redes sociais contra a agressão e assédio sexual, inclusive através da detenção da estrela do ténis Peng Shuai, após esta alegar na plataforma Weibo que foi agredida sexualmente pelo alto funcionário do PCC Zhang Gaoli”, aponta o relatório.

Além disso, jornalistas, ativistas de direitos humanos, membros de grupos religiosos e minorias étnicas e civis foram detidos por compartilharem conteúdo virtual, com alguns a enfrentar duras penas de prisão.

O relatório em causa é um dos principais estudos anuais sobre direitos humanos na esfera digital, examinando tendências globais, descobertas específicas sobre cada país e melhores práticas sobre como proteger os direitos humanos ‘online’.

Segundo a Freedom House, funcionários do executivo chinês instituíram novas políticas para aumentar o seu controlo sobre as empresas de tecnologia do país.

O principal regulador da Internet emitiu orientações exigindo que as plataformas alinhem os seus sistemas de moderação e recomendação de conteúdo com o “Pensamento Xi Jinping” — a ideologia oficial do atual líder do PCC.