Ciberataques com fins políticos ou militares quase quadruplicaram desde 2015

Ministério da Economia com 85% do impacto do ciberataque restabelecido

ONU diz que número de ataques tecnológicos, para fins políticos ou militares, patrocinados por Estados ou não, quase quadruplicou desde 2015, alertando que as próprias redes sociais permitem disseminar desinformação.

Num `briefing` sobre tecnologia e segurança no Conselho de Segurança, convocado pelos Estados Unidos e focado no “uso de tecnologias digitais na manutenção da paz e segurança internacionais”, a subsecretária-geral da ONU para Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz, Rosemary DiCarlo, manifestou grande preocupação com atividades maliciosas voltadas para infraestruturas que fornecem serviços públicos essenciais, de saúde e até humanitárias.

“Os benefícios das tecnologias digitais para a manutenção de paz e segurança internacionais são múltiplos. No entanto, os avanços na tecnologia também criaram novos riscos significativos e podem afetar a dinâmica de conflito para pior”, alertou.

“Atores não estatais estão a tornar-se cada vez mais adeptos do uso de tecnologias digitais de baixo custo e amplamente disponíveis para prosseguir as suas agendas. Grupos como ISIL e Al-Qaeda permanecem ativos nas redes sociais, usando plataformas e aplicações de mensagens para compartilhar informações e comunicar-se com os seguidores para fins de recrutamento, planeamento e captação de recursos”, disse DiCarlo.

Segundo a subsecretária-geral, a crescente disponibilidade de métodos de pagamento digital, como criptomoedas, traz desafios adicionais.

“Máquinas com poder e discrição de tirar vidas sem envolvimento humano são politicamente inaceitáveis, moralmente repugnantes e devem ser proibidas por lei internacional”, apelou ainda.