Começou a guerra na Ucrânia

Começou a guerra na Ucrânia

Tropas russas terão entrado a norte do país e há registo de, pelo menos, oito mortos.

As tropas russas invadiram esta madrugada a Ucrânia, cerca das 05:00 da manhã.

As rotas utilizadas para o ataque foram através da Bielorrússia, para chegar à capital, Kiev, via Crimeia e por meio de Donbass e nordeste do país.

Foram ouvidas explosões em 24 locais e há registo de pelo menos oito mortos e mais de uma dezena de feridos, segundo o assessor do Ministério do Interior, Anton Gueraschenko.

Exército confirma início de bombardeamentos

O exército russo já confirmou o início do bombardeamento de território da Ucrânia, mas garantiu que os ataques têm apenas como alvo bases aéreas ucranianas e outras áreas militares, não zonas povoadas.

Num comunicado citado pela agência noticiosa estatal russa TASS, o ministério russo da Defesa disse que está a usar “armas de alta precisão” para inutilizar a “infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviação das Forças Armadas da Ucrânia”.

“A Rússia lançou ataques contra a nossa infraestrutura militar e postos fronteiriços”, disse hoje, num vídeo publicado na rede social Telegram, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Zelensky impôs a lei marcial em todo o território e apelou aos ucranianos para evitarem “o pânico” e confiar na capacidade do exército da Ucrânia para defender o país.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kouleba, acusou a Rússia de ter iniciado uma “invasão em larga escala”.

“Cidades pacíficas da Ucrânia estão a ser atacadas. Esta é uma guerra de agressão. A Ucrânia vai defender-se e vencer. O mundo pode e deve parar Putin. É hora de agir agora”, escreveu Kouleba na rede social Twitter.

Segundo agências noticiosas russas, foram cancelados todos os voos com destino ou com partida dos aeroportos de Rostov-sur-le-Don, Krasnodar, Sotchi e Anapa, todos situados no sul da Rússia, junto à fronteira com a Ucrânia ou junto ao Mar Negro.

Vladimir Putin justificou a operação militar, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa em Donetsk e Lugansk, cuja independência ele reconheceu na segunda-feira.