Escândalo das galinhas do Lidl na Alemanha

Escândalo das galinhas do Lidl na Alemanha

Imagens podem ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis.

As imagens estão a correr mundo e a provocar horror e repulsa a quem as vê.

Galinhas doentes, moribundas, num sofrimento atroz.

São as chamadas “frankenchickens”, ou seja, galinhas que são transformadas e apresentam um corpo desproporcional, que lhes causa deformações, dores e, em casos mais graves, a morte por insuficiência cardíaca.

As imagens foram captadas em segredo numa quinta na Alemanha, pertencente a um dos fornecedores da cadeia de supermercados Lidl.

“Como vivem as galinhas do Lidl?”, começa por questionar o vídeo divulgado por uma Organização Não Governamental, e o que se segue é uma verdadeira história de terror.

Pintainhos que não se conseguem levanter do chão, devido ao crescimento anormal e acelerado do corpo, galinhas doentes, moribundas, com pescoços torcidos, apinhadas às centenas.  Galinhas mortas a serem debicadas por outras. Animais forçados a deitarem-se sobre os próprios excrementos, stressados, vulneráveis a doenças, e sem qualquer assistência veterinária.

As galinhas tendem a contrair “stress permanente e tédio agonizante”, relata a organização, a Albert Schweitzer Foundation.

Os animais são ainda vítimas de maus tratos por parte de funcionários, sendo que um deles foi visto a urinar no armazém.

A Human League UK e a Albert Schweitzer Foundation estão a promover uma petição para exigirem ao Lidl o fim desta crueldade. 

Alertamos que as imagens podem ferir a suscetibilidade dos leitores. 

E em Portugal?

O Lidl Portugal garantiu que a carne à venda nos supermercados é 100% nacional e que condena os abusos demonstrados, posicionando-se claramente contra a crueldade para com os animais.

A porta-voz do PAN já reagiu, escrevendo no Twitter que “esta realidade não é exclusiva deste fornecedor”.

“Infelizmente, são muitas as práticas, até legais, que condicionam a vida a o bem-estar animal, a par da ausência de mecanismos de fiscalização mais eficazes e da existência de locais de criação e abate também eles ilegais”, frisou Inês Sousa Real, acrescentando que “precisamos urgentemente de mudar de paradigma na forma como permitimos que os animais sejam tratados e explorados”, assim como “ter presente, que independentemente da finalidade com que são detidos, devem ter direito a uma existência digna e livre do sofrimento.”