Jens Stoltenberg fala numa derrota para Vladimir Putin enquanto a Finlândia não esquece a vizinha Suécia, que ainda não concluiu o processo de adesão.
Foi a primeira vez que a bandeira finlandesa foi içada para se juntar aos restantes 30 membros da NATO. Um momento histórico que marca a entrada oficial da Finlândia na organização e, nas palavras de Jens Stoltenberg, uma derrota para Vladimir Putin.
“Em tempos como estes, amigos e aliados são mais importantes do que nunca. E agora a Finlândia tem os amigos e aliados mais fortes em todo o mundo. O Presidente Putin queria fechar as portas da NATO. Hoje mostrámos ao mundo que ele falhou – que a agressão e a intimidação não resultaram. Em vez de menos NATO, ele conseguiu o oposto – mais NATO. E a nossa porta continua firmemente aberta”, afirmou o secretário-geral da NATO.
Com uma tradição de neutralidade, para a Finlândia, esse tempo acabou. “A era da neutralidade militar na nossa história terminou. Uma nova era começa agora”, afirmou Sauli Niinistö, Presidente da Finlândia, que garantiu que o país pretende a paz e a resolução pacífica dos conflitos.
Apesar da adesão oficial à NATO, para o Presidente finlandês, o processo ainda não está completo.
“A adesão da Finlândia não ficará completa sem a da Suécia. Os nossos esforços persistentes para uma adesão rápida da Suécia manter-se-ão. Espero ver a Suécia a juntar-se a nós como 32.º membro da NATO na cimeira de Vilnius, em julho” disse.
A entrada da Finlândia como 31.º membro da NATO representa um alargamento da organização que se instala diretamente na fronteira com a Rússia. Stoltenberg esclareceu não serão destacadas tropas para território finlandês, a não ser quando requerido pelo país.
Mas nem as explicações da NATO acalmam os ânimos russos que olham para a adesão da Finlândia como um ataque uma violação da sua segurança e interesses que, segundo o Kremlim, terá uma retaliação.
