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Índia adianta-se na exploração do ‘lado negro’ da Lua

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© D.R.

O país mais populoso do mundo tornou-se, hoje, na primeira potência a fazer alunar com sucesso uma sonda espacial no polo sul do satélite natural da Terra, no âmbito da missão Chandrayaan-3.

“Chandrayaan-3 aterrou com sucesso na Lua”, celebrou a Organização de Investigação Espacial Indiana (ISRO, na sigla em inglês). Esta é a primeira vez que um país consegue tamanha proeza – no passado domingo a Rússia falhou semelhante façanha, devido ao despenhamento do seu engenho, o que ditou o fracasso da missão Luna-25.

A sonda Chandrayaan-3, da ISRO, alcançou com sucesso o solo lunar, uma região dominada por crateras sombreadas que contêm gelo – a temperatura no local pode atingir os 248º Celsius negativos.

O sucesso desta exploração ao ‘lado negro’ da Lua, região rica em água em estado sólido, abre novas perspetivas ao crescente interesse de estabelecer uma estação em solo lunar, que possa permitir ao Homem explorar outros destinos espaciais.

A missão Chandrayaan – que significa ‘veículo lunar’ em hindi e sânscrito – é a segunda tentativa do país mais populoso do mundo – com 1,428 mil milhões de habitantes – de pousar no polo sul da Lua. Já em 2019, a missão Chandrayaan-2 tinha conseguido com sucesso aproximar um orbitador, mas o seu módulo de pouso acabaria por despenhar-se.

“Se a Chandrayaan-3 for bem-sucedida, aumentará a reputação da agência espacial indiana em todo o mundo. Isso mostrará que a Índia está a tornar-se um interveniente-chave na exploração espacial”, havia dito Manish Purohit, ex-cientista da ISRO, antes da conclusão bem-sucedida da missão.

Apesar de a Índia ser pioneira no pouso no ‘lado negro da Lua’, nas últimas décadas a antiga União Soviética, Estados Unidos e China foram as outras potências que alunaram com sucesso no satélite natural da Terra.

Este importante passo da tecnologia indiana catapulta o país para o exclusivo leque de potências aerospaciais, sendo que os custos competitivos da missão também deixaram o mundo impressionado – o lançamento da Chandrayaan-3 teve um orçamento de aproximadamente 70 milhões de euros, um investimento infinitamente menor do que o gasto, por exemplo, pela agência espacial americana (NASA). 

 

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