PUB
Notícias Mundo Jovem morre de AVC após diagnóstico de otite

Jovem morre de AVC após diagnóstico de otite

Chefes de equipa de urgência de Medicina Interna do S.Francisco Xavier demitem-se
Photo by Karolina Grabowska on Pexels.com
PUB
pub superbook

Jovem apresentava sintomas como tonturas, dor no ouvido, perda de consciência e incapacidade de falar. 

Uma jovem, de 18 anos, morreu de AVC depois de ter sido diagnosticada com uma otite, em Cádiz, Espanha.

O caso, que remonta a setembro do ano passado, chegou agora aos tribunais.

Mar Gutiérrez Puget foi ao Centro de Especialidade de La Longuera, em Chiclana, a 18 de setembro.

A jovem apresentava “sintomas como vertigens, perda de consciência com relaxamento do esfíncter, incapacidade de andar, resposta verbal anormal, otalgia direita (dor no ouvido), uma dor que se refletia na mandíbula”, revela o comunicado da empresa de advogados, citado pelo jornal Diário de Cádiz.

Foi então encaminhada para o Hospital Clínico de Puerto Real, onde foi atendida por vertigem e otalgia direita. Colheram-lhe uma amostra de sangue e solicitaram uma análise à urina, que nunca foi feita.

Devido a “vermelhidão no ouvido direito”, foi-lhe diagnosticada uma otite e prescrito tratamento para a dor de cabeça, vertigem e dor de ouvidos.

Os pais recusaram, contudo, abandonar as urgências, pois a filha estava “com convulsões, baixo nível de consciência”, suor abundante e não conseguia levantar-se.

Foi apenas depois da mudança de turno que um outro médico a transferiu para o serviço de radiologia, onde lhe fizeram duas tomografias (TAC).

Foi então que chegou um diagnóstico que em nada se assemelhava a otite, “trombose de acidente vascular cerebral muito grave no hemisfério cerebral direito, com colapso parcial do ventrículo lateral ipsilateral e desvio da linha média”.

Mar Gutiérrez Puget foi operada de urgência, mas acabou por morrer dois dias depois, a 20 de setembro.

O Serviço Andaluz de Saúde está agora a ser processado por negligência. Os pais afirmam que os médicos “não tinham muita experiência” e que não havia “nenhum tutor para supervisionar os residentes”.

O hospital abriu uma investigação para apurar os factos.

Exit mobile version