Mais de 4000 detidos em três semanas por violência contra mulheres no Brasil

Falso terapeuta ataca mulheres

Em 2022 o número de homicídios de mulheres aumentou 5%.

A polícia brasileira deteve mais de 4000 pessoas por cometerem violência contra as mulheres desde que a Operação Atria foi lançada a 8 de Março para assinalar o Dia Internacional da Mulher, anunciou o Governo brasileiro.

Em três semanas da operação, cujo nome se refere a uma das estrelas da constelação do Triângulo do Sul, 4.255 pessoas foram detidas nos 27 estados, 3.598 das quais em flagrante delito, de acordo com o balanço parcial do Ministério da Justiça, esta quarta-feira divulgado.

“Esta operação está alcançando cada vez mais municípios distantes das capitais, e a nossa tendência é, cada vez mais, buscar a vítima que esteja em qualquer lugar”, ressaltou a coordenadora da operação, delegada Fernanda Antonucci.

No total, as autoridades realizaram 20.024 investigações policiais durante o período, das quais 17.958 foram concluídas.

Na operação, a polícia apreendeu 340 armas de pólvora seca, 269 armas de fogo e 6.068 munições das mãos das pessoas envolvidas.

De acordo com o balanço, foram recebidas 7.276 queixas durante o período, com mais de três vezes o número de ações policiais e 23.963 vítimas atendidas, com 20.540 medidas de proteção.

Em 2022 o número de homicídios de mulheres aumentou 5%

O secretário nacional de Segurança Pública, Francisco Tadeu Barbosa de Alencar, considerou a “violência de género” como uma “situação grave” no país e recordou que em 2022 o número de homicídios de mulheres aumentou em 5%.

O Brasil registou um recorde de 1.410 homicídios femininos no ano passado, um número 5% superior ao de 2021 (1.337) e o mais elevado desde que os casos de homicídios de mulheres motivados pelo género começaram a ser medidos no país em 2017.