Mario Draghi apresentou formalmente a demissão do cargo de primeiro-ministro de Itália. Demissão acontece após perda do apoio da coligação do Governo.
À segunda é de vez e Mario Draghi, cerca de uma semana após a primeira tentativa, voltou a apresentar a demissão do cargo de Primeiro-ministro.
O presidente italiano Sergio Mattarela aceitou a renúncia ao cargo do primeiro-ministro mas pediu que este se mantivesse em funções pelo menos até à realização das eleições legislativas antecipadas, que deverão acontecer no outono. Isto se Mattarela não encontrar uma outra solução interna, sem um novo escrutínio.
Mario Draghi, de 74 anos, uma figura política popular a acarinhada em Itália, deixa o Governo após desentendimentos com os partidos que sustentam a coligação governamental.
Os conservadores do Forza Italia de Sílvio Berlusconi, a Liga (extrema-direita) de Matteo Salvini e o populista Movimento 5 Estrelas (M5S) de Giuseppe Conte retiraram na quarta-feira o apoio ao primeiro-ministro durante uma moção de confiança, convocada pelo próprio de forma a dissipar as divisões e renovar a aliança que estava fragmentada.
A saída de Draghi, vem adensar a crise política italiana.
O presidente Sergio Mattarela recebe durante a tarde dos líderes políticos da câmara alta e da câmara baixa do Parlamento para analisar uma possível solução política ou, no limite, a dissolução do parlamento e convocação de eleições.
