Metsola diz que democracia europeia está “sob ataque”

Metsola diz que democracia europeia está “sob ataque”
EPA

Declarações surgem na sequência do escândalo de corrupção que envolve a vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili.

Roberta Metsola reagiu esta tarde ao escândalo de corrupção a envolver Eva Kaili uma das 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu. Kaili foi suspensa das suas funções com Metsola a reforçar o apoio às investigações em curso, afirmando que a corrupção não pode compensar.

“Estou na política, como muitos de vocês aqui, para combater a corrupção, para defender os princípios da Europa. Este é um teste aos nossos valores, sistemas e colegas. Deixem-me garantir que iremos enfrentar este teste de frente. Não haverá qualquer impunidade. Os responsáveis ​​encontrarão este parlamento do lado da lei, e estou orgulhosa do nosso papel e auxílio nesta investigação” afirmou a presidente do Parlamento Europeu.

Numa declaração com palavras fortes, Roberta Metsola afirmou que o Parlamento Europeu está “sob ataque”, tal como “a democracia europeia” e as “sociedade democráticas abertas”.

“Não se enganem, o Parlamento Europeu, caros colegas, está sob ataque. A democracia europeia está sob ataque e o nosso modo de sociedades democráticas abertas e livres está sob ataque. Os inimigos da democracia, para quem a própria existência deste Parlamento é uma ameaça, não vão parar por nada”

Eva Kaili é o rosto mais visível do escândalo de corrupção que está a manchar a reputação das instituições europeias.

A vice-presidente do Parlamento Europeu foi detida por suspeitas de envolvimento num esquema corrupto que envolve alegados subornos por parte do Catar de forma ao país ganhar influência nas decisões do Parlamento relativas à celebração do Mundial de futebol naquele país.

Além da eurodeputada outras três pessoas foram também detidas, entre elas o companheiro, o italiano Francesco Giorgi e o pai, apanhado em flagrante num hotel com um saco com 600 mil euros em dinheiro, com o qual pretendia fugir.

Em causa estão crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa com a Autoridade de Combate ao Branqueamento de Capitais grega a confiscar os bens em nome de Kaili.

Um caso que também levou a uma reação de Ursula Von der Leyen que condenou o escândalo e defendeu a criação de um órgão independente de ética.

“As alegações contra a vice-presidente do Parlamento Europeu suscitam a maior preocupação, são muito graves. Está em causa a confiança das pessoas nas nossas instituições. E esta confiança nas nossas instituições exige elevados padrões de independência e integridade”, afirmou a presidente da Comissão Europeia.