NATO não quer “uma guerra aberta com a Rússia”

Unidade da NATO e UE mostra o quão isolada a Rússia está

Declaração foi feita por Jens Stoltenberg, secretário-geral da Aliança.

“Temos a responsabilidade de impedir que este conflito [entre a Rússia e a Ucrânia] se intensifique para além das fronteiras da Ucrânia e se torne numa guerra aberta entre a Rússia e a NATO”, disse em declarações à agência noticiosa AFP, no decurso do Fórum diplomático organizado pela presidência turca.

Stoltenberg justificou desta forma a recusa da Aliança Atlântica em impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para proteger a população dos bombardeamentos russos.

Semelhante medida “significaria estar preparado para abater aviões russos”, assinalou, sublinhando que isso, “certamente, conduziria a uma guerra aberta”.

Stoltenberg deverá encontrar-se com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, um dia após as primeiras conversações diretas, desde o início da guerra, entre os ministros russo e ucraniano dos Negócios Estrangeiros e que decorreu na estação balnear do Mediterrâneo.

O chefe da NATO, a organização militar ocidental que inclui a Turquia, apelou ainda ao Presidente russo, Vladimir Putin, que “ponha termo a esta guerra insensata” e se empenhe numa “solução política”.

“A primeira medida seria garantir corredores humanitários que permitam às pessoas saírem e procurarem alimentos e medicamentos”, indicou.