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Número de crianças sem proteção social aumentou

UNICEF regista 300 mil violações graves contra crianças em conflitos em 18 anos

Novo relatório da Unicef revela que, em todo o mundo, há mais 50 milhões de menores em risco de pobreza, fome e discriminação.

Algo falha quando o mundo não é das crianças, ou, pelo menos, não de todas. Serão agora 1 milhão e 46 mil os jovens que em todo o planeta registam carências de proteção social. Um relatório recente divulgado hoje pela Unicef e pela Organização Internacional do Trabalho mostra que aumenta a cada dia que passa o número de menores nestas condições: em risco de pobreza, fome e discriminação.

A publicação debruçou-se sobre os anos de 2016 a 2020 e concluiu que há agora mais 50 milhões de crianças até aos 15 anos sem acesso a prestações de apoio financeiro. E de uma ponta à outra do globo, parece que ninguém fez o seu trabalho.

Em todas as regiões do mundo, diz o relatório, as taxas de cobertura dos benefícios infantis e familiares caíram ou estagnaram. Nenhum país está assim no caminho certo para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável que consiste numa cobertura substancial de proteção social até 2030.

Para as organizações, está em causa a justiça social e muitos outros aspetos necessários a uma vida digna. Sem o apoio adequado, os mais novos ficam mais vulneráveis a doenças, má nutrição e pobreza, além de aumentar a probabilidade de haver falhas na educação e de acabarem por contrair casamento e trabalho infantil.

A pandemia, a par de outras crises, ajudou a tornar mais negra esta realidade. O relatório alerta por isso todos decisores políticos para a necessidade urgente de reforçar, expandir e investir em sistemas de proteção social amigos da criança e capazes de responder a situações de crise. 

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