Petrópolis: 120 mortos e 116 desaparecidos

Petrópolis: 120 mortos e 116 desaparecidos

Jair Bolsonaro deverá sobrevoar hoje áreas mais afetadas da cidade.

O balanço da tempestade de terça-feira na cidade brasileira de Petrópolis subiu hoje para 120 mortos e 116 desaparecidos, segundo as autoridades.

O Corpo de Bombeiros confirmou hoje de madrugada a existência de 120 mortos.

Entre os 101 corpos que já estão no Instituto Médico Legal (IML), há 65 mulheres e 36 homens, incluindo 13 menores.

Segundo a Polícia Civil, há 116 registos de desaparecimentos, mas não se sabe quantos já foram encontrados.

O tempo permanece instável em Petrópolis e que a Defesa Civil tem acionado sirenes em várias localidades para alertar a população para a previsão de chuva forte.

Por causa do mau tempo e do terreno instável, as buscas por desaparecidos chegaram a ser suspensas, para garantir a segurança das equipas.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta avisa que permanece muito alta a possibilidade de ocorrência de deslizamentos de terra, mesmo na ausência de chuva.

Entretanto, o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, deverá sobrevoar hoje a cidade, segundo anunciou o seu filho, Flávio Bolsonaro.

O Presidente vai sobrevoar as áreas mais afetadas, visitará o centro de operações do Governo Federal, montado no 32.º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha, e participará numa reunião com o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo.

O chefe de Estado, que soube da tragédia quando se encontrava em Moscovo em visita oficial, escreveu na rede social Twitter ter pedido ao Governo “auxílio imediato às vítimas”.

A delegacia de descoberta de paradeiros (DDPA) enviou quase todo o seu efetivo para Petrópolis, com quatro equipas a percorrer hospitais, abrigos e escolas para identificar as pessoas desaparecidas.

Há ainda cerca de 500 bombeiros envolvidos nas buscas aos desaparecidos.

Segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil, 24 pessoas foram resgatadas com vida e 705 pessoas foram encaminhadas para os 33 pontos de apoio montados na cidade, em igrejas e escolas.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse na quarta-feira, durante uma visita a Petrópolis, que “foi a pior chuva desde 1932”.

“Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária”, afirmou.

Marcelo transmite condolências a Bolsonaro

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou uma mensagem ao Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, transmitindo condolências e solidariedade.

De acordo com uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa enviou uma mensagem de condolências ao Presidente do Brasil “neste momento difícil”, na qual transmite, em seu nome e do povo português, “as mais sentidas condolências a todos aqueles afetados por esta catástrofe”.

“Foi com profunda consternação e tristeza que tomei conhecimento das trágicas consequências causadas pela derrocada provocada pelas chuvas torrenciais em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, que resultaram na perda de numerosas vidas humanas, muitos desaparecidos e desalojados, e em avultados prejuízos materiais”, lê-se no texto.

Na mensagem dirigida a Jair Bolsonaro, o Presidente da República acrescenta: “Quero também expressar a vossa excelência a nossa solidariedade para com o povo brasileiro e, em particular, para com os habitantes das zonas mais afetadas”.