Passageiro telefonou para os serviços de urgência e relatou que uma mulher, que usava uma cobertura facial, estava a fazer ameaças.
A polícia de Paris disparou esta terça-feira tiros contra uma mulher que alegadamente estava com a cara coberta e a fazer ameaças dentro de um comboio. Não se sabe o que foi dito ou em que estado ficou a mulher.
Opération de police à la BNF : des détonations ont été entendues dans le quartier.
— Clément Lanot (@ClementLanot) October 31, 2023
La police a ouvert le feu à plusieurs reprises en direction de la personne menaçante qui a été blessée à l’abdomen et évacuée par les pompiers. @CLPRESSFR pic.twitter.com/faOQJTNYi2
Segundo a polícia, os agentes dispararam depois de avisarem e de a mulher não ter respondido, mas não há informações sobre se a mulher terá sido morta ou ferida.
O caso começou quando um dos passageiros do comboio telefonou para os serviços de urgência e relatou que uma mulher, que usava uma cobertura facial, estava a fazer ameaças, desconhecendo-se o que terá sido dito pela suspeita.
O comboio, que está ligado a uma estação de metropolitano, estava perto da biblioteca nacional François Mitterrand, no leste de Paris, e foi evacuado, acrescentou a polícia.
Este foi o incidente de segurança mais recente no país, que colocou o nível de alerta antiterrorismo no ponto máximo desde um esfaqueamento numa escola atribuído a um extremista islâmico.
Em outubro, um professor de uma escola de Arras, no norte de França, foi esfaqueado e morto por um radical islâmico de origem chechena, que já era seguido pelos serviços de segurança e tinha o processo de expulsão suspenso devido à invasão russa da Ucrânia.
Na altura, o Governo francês subiu para o nível máximo o dispositivo de alerta antiterrorista e mobilizou sete mil militares e outros meios excecionais.
O homicídio aconteceu três anos depois do assassinato de outro professor em França, Samuel Patty, também por um terrorista de origem chechena, por ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula sobre a liberdade de expressão.