Dezenas de mulheres e adolescentes ucranianas terão sido violadas por soldados russos.
A estória mais chocante é contada à BBC na primeira pessoa. Uma ucraniana de 50 anos conta a chorar que estava em casa com o marido quando um soldado checheno aliado com as forças russas a invadiu.
De arma apontada, levou-a para uma habitação vizinha e ordenou que se despisse. Depois, violou-a.
Quando regressou à casa, numa zona rural a 70 quilómetros de Kiev, encontrou o marido baleado. Tinha sido atingido por vários tiros ao tentar salvar a mulher. Na impossibilidade de ir para o hospital, por causa dos confrontos, o casal procurou ajuda nos vizinhos, mas o homem não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois.
Esta não é a única estória perturbadora revelada pela BBC. No artigo, a provedora oficial dos direitos humanos da Ucrânia diz ter registado casos horríveis de violência sexual pelas tropas russas em Bucha e noutros locais.
Destaca o caso de um grupo de 25 mulheres que foi mantido na cave de uma casa durante 25 dias. Terão sido violadas e 9 delas estão agora grávidas. A mais nova tem 14 anos.
O rol de vítimas poderá ser muito maior, mas o problema é que muitas delas não estão dispostas a contar tudo aquilo por que passaram. Os abusos por parte das tropas de Putin foram também confirmados por Zelensky num discurso no parlamento da Lituânia.
O presidente ucraniano fala em centenas de violações a mulheres e jovens, algumas crianças muito pequenas. Os crimes terão sido agora descobertos nas áreas libertadas da ocupação russa.
A ONU já pediu uma investigação independente a estes relatos de forma a garantir justiça e responsabilidade por esses crimes.