A Ucrânia pediu, esta quarta-feira, “acesso imediato” ao local na Polónia onde caiu um míssil, na terça-feira, que Varsóvia e a NATO consideram “altamente provável” ser um projétil da defesa antiaérea ucraniana.
“A Ucrânia pede acesso imediato, para representantes da Defesa e da Guarda de Fronteiras, ao local atingido”, escreveu, na rede social Twitter, o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano, Oleksiy Danilov, que disse querer “um exame conjunto do incidente”.
We advocate for a joint examination of the incident with the missile’s landing in Poland. We are ready to hand over evidence of the russian trace that we have. We are expecting information from our partners, based on which a conclusion was made that it’s a 🇺🇦 air defense missile.
— Oleksiy Danilov (@OleksiyDanilov) November 16, 2022
“Estamos prontos para entregar a prova do vestígio russo que temos”, referiu, depois de Moscovo ter negado formalmente ser responsável por este lançamento.
O secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano acrescentou que Kyiv “está à espera de informações dos parceiros, os quais concluíram que se tratava de um míssil de defesa aérea ucraniano”.
O Presidente polaco, Andrzej Duda, disse considerar “altamente provável” que o míssil que matou duas pessoas na terça-feira numa localidade da Polónia, perto da fronteira com a Ucrânia, tenha sido utilizado pela defesa aérea ucraniana.
Também o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, declarou esta quarta-feira que a explosão ocorrida na Polónia “foi provavelmente causada” por um míssil ucraniano, mas ressalvou que “não é culpa da Ucrânia”.
A guerra na Ucrânia dura desde 24 de fevereiro deste ano, quando a Rússia invadiu o território ucraniano e lançou ataques contra o país vizinho.
O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).