Na sua intervenção da Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente ucraniano disse que a Rússia tem de enfrentar “um castigo justo” pela invasão da Ucrânia exigindo que o poder de veto seja retirado a Moscovo.
Numa intervenção previamente gravada, Volodymyr Zelensky exigiu aos líderes mundiais, presentes na Assembleia Geral da ONU, um castigo exemplar para a Rússia pela invasão da Ucrânia.
“Foi cometido um crime contra a Ucrânia e exigimos um castigo justo”, disse o presidente ucraniano.
Uma medida concreta mencionada por Zelensky é a retirada do poder de veto a Moscovo.
O poder de veto da Rússia tem aparentemente retirado força e poder de decisão a Conselho de Segurança das Nações Unidas, que já se reuniu por diversas vezes, mas ainda não foi capaz de aprovar uma ação decisiva em relação ao conflito, uma vez que a Rússia faz parte dos cinco membros permanentes, juntamente com Estados Unidos, França, Reino Unido e China.
Esta quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU volta a reunir-se em Nova Iorque para discutir a evolução do conflito.
O presidente ucraniano não quis que as valas comuns descobertas recentemente na cidade de Izium ficassem no esquecimento, apelando à criação de “um tribunal especial” para julgar Moscovo pela “agressão” contra o país.
“Castigar pelo crime de agressão. Castigar pela violação das fronteiras e da integridade territorial. Um castigo que deve ser aplicado até que as fronteiras internacionalmente reconhecidas sejam restauradas”, afirmou.
Com um discurso endurecido, Volodymyr Zelensky explica que o tempo de negociações passou sendo que conversações do lado russo representam apenas “uma tática de adiamento” por parte do Kremlin.
“Eles falam sobre negociações, mas anunciam uma mobilização militar. Eles falam sobre negociações, mas anunciam pseudo-referendos nos territórios ocupados”, explicou.
