Antibióticos: Uma em cada quatro pessoas não segue indicações de prescrição

Despesa com medicamentos nos hospitais ultrapassou os 1.760 ME no ano passado
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Em Portugal, uma em cada quatro pessoas não segue as indicações de prescrição de antibióticos. Uma conclusão de um estudo nacional que revela que grande parte dos portugueses não consegue identificar os antibióticos que toma. 

Parar a terapêutica antes do tempo e não respeitar os horários de toma dos medicamentos, são duas das principais transgressões feitas pelos portugueses quando tomam antibióticos.

A conclusão é de um estudo do Grupo de Investigação e Desenvolvimento em Infecção e Sépsis com o apoio do Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa, que revela que um em cada quatro portugueses não segue as indicações de prescrição deste tipo de medicamentos.

Algo que pode tornar-se um problema, uma vez que interromper a toma de antibióticos antes de tempo e aumenta o risco de recidiva das infeções de uma forma mais aguda assim como o não respeito pelos horários de toma dos medicamentos facilita o aparecimento de bactérias mais resistentes a estes fármacos.

Um problema que parece não afetar uma parte da população, uma vez que 30 por cento dos inquiridos nunca ouviu falar sobre o tema da resistência aos antimicrobianos – ou seja, as substâncias que demonstram a capacidade de reduzir a presença de micróbios, como bactérias e fungos.

77 por cento das pessoas não consegue identificar o antibiótico ou identificá-los de forma correta.

A investigação revelou que os portugueses estão mais conscientes sobre a necessidade de aconselhamento médico, sendo que 80 apenas tomam antibióticos quando prescritos, um aumento face a 2020.

Mais de uma em cada dez pessoas confessa ter antibióticos armazenados em casa sendo que apenas metade dos 1600 inquiridos neste estudo entrega os medicamentos que já não usa nas farmácias.