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António Costa defende nomeações para o Governo

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LUSA/ António Cotrim

Primeiro-ministro diz que João Galamba e Marina Gonçalves “são duas pessoas com experiência governativa, que conhecem os meandros da administração”.

João Galamba e Marina Gonçalves foram os nomes apontados por António Costa para assumirem as pastas das Infraestruturas e Habitação, numa decisão defendida pelo próprio Primeiro-ministro, que defende a necessidade de continuidade da execução das atuais políticas.

“São duas pessoas com experiência governativa, que conhecem os meandros da administração, que não se embaraçam com as exigências da transparência e da burocracia necessária à boa contratação pública e que dão garantias de que não haverá descontinuidade no que está a ser executado e que haverá estabilização e estabilidade na execução das políticas” afirmou António Costa. 

Tendo em conta o momento político, é na experiência e no conhecimento profundo das atuais dinâmicas governativas que António Costa reconhece as maiores mais-valias nas nomeações de João Galamba e Marina Gonçalves. “Estamos no início de um ano decisivo, estamos a iniciar um novo orçamento. A pior coisa que podia acontecer era temos neste momento, nas pastas desta responsabilidade e desta importância para os portugueses, alguém que não tivesse experiência governativa e tivesse de se habituar ao funcionamento do Governo”, justificou. 

Duas pastas distintas

A alteração foi já aceite pelo Presidente da República, que desta forma aprova a divisão de um ministério em duas pastas distintas, com António Costa a reforçar a necessidade de continuidade de políticas em curso e também da necessidade de priorizar a questão da habitação.

“É neste contexto que propus ao PR, uma alteração orgânica, autonomizando num ministério próprio as políticas de habitação. A habitação é hoje uma preocupação central na sociedade portuguesa. Ao longo destes anos, depois de décadas em que o Estado desinvestiu na habitação, lançamos uma nova geração de políticas de habitação. (…) No Plano Recuperação e Resiliência, só para habitação, estão reservados 2700 milhões de euros que serão executados ao longo desta legislatura e que irão representar uma mudança estrutural no mercado da habitação”, explicou o Primeiro-ministro.

Apesar do reforço na pasta da Habitação, o Primeiro-ministro não quer descurar as políticas em curso, no âmbito das Infraesturas. “Por outro lado, é necessário dar pronta Execução ao conjunto de investimentos previstos, em particular na ferrovia, pelo que, era indispensável no ministério das infraestruturas poder concentrar capacidade executiva”.

António Costa lembra os desafios passados

O Primeiro-ministro começou o discurso lembrando os desafios enfrentados ao longo dos sete anos em que esteve em frente do Governo, reforçando que em todas as crises, o Executivo foi capaz de dar a volta com sucesso, “assegurando sempre a estabilidade das políticas”

“Ao longo destes sete anos de governação, tenho enfrentado diversos momentos muito exigentes, primeiro a estabilização do sistema financeiro e a saída do procedimento de défice excessivo, depois uma pandemia e agora estamos a enfrentar uma situação de inflação e de crise económica em várias regiões do mundo, desencadeadas sobretudo pela guerra na Ucrânia. Em todos estes momentos difíceis foi sempre possível ultrapassar as dificuldades e não obstante as vicissitudes na composição dos governos ou ajustamentos na sua orgânica, assegurámos sempre a estabilidade das políticas”, explicou.

Desta forma e, apesar das últimas polémicas que levaram à demissão de Alexandra Reis e Pedro Nuno Santos, António Costa garante, tal como aconteceu no passado, o Executivo  “esta à altura da confiança que os portugueses depositaram em nós, com a responsabilidade que os portugueses nos investiram para responder também a esta crise inflacionista da mesma forma que conseguimos responder e superar os anteriores desafios”, afirmou. 

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