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BdP mantém crescimento do PIB para este ano mas revê em baixa para 2024

Défice orçamental cai para 2,8% do PIB no ano passado
D.R.

Banco de Portugal vê a economia portuguesa a crescer 2,1% em 2023.

O Banco de Portugal (BdP) manteve hoje a previsão de crescimento de 2,1% da economia portuguesa para este ano, mas reviu em ligeira baixa a do próximo ano, para 1,2%.

No Boletim Económico de dezembro, a instituição liderada por Mário Centeno vê a economia portuguesa a crescer 2,1% em 2023, projeta um abrandamento em 2024, para 1,2%, e uma recuperação do crescimento nos anos seguintes, para 2,2%, em 2025 e 2,0% em 2026.

Em outubro, apontava para uma taxa de 2,1% este ano, 1,5% em 2024 e 2,1% em 2025, em linha com a previsão do Governo no Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) que prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% este ano e de 1,5% em 2024.

A sustentar o crescimento estará o dinamismo do investimento e das exportações, enquanto “o consumo privado e o consumo público deverão continuar a perder peso”.

A formação bruta de capital fixo deverá acelerar para 2,4% em 2024, expandindo-se 5,2% e 4,1% nos dois anos seguintes, enquanto as exportações deverão crescer a um ritmo mais contido do que em anos anteriores (3,4%, em média, em 2023-26), devido ao menor dinamismo da procura externa.

Prevê ainda que o consumo privado “deverá crescer de forma moderada, 1% em 2023-24 e, a partir daí, em torno de 1,6%, num contexto de ganhos do rendimento disponível real”. Já a taxa de poupança deverá aumentar em 2024, mantendo-se acima de 8%.

O BdP sublinha que “o mercado de trabalho continua a apresentar uma situação favorável, apesar da quase estabilização do emprego, esperando-se um aumento dos salários reais” e projeta uma taxa de desemprego de 6,5% este ano, de 7,1% em 2024 e de 7,3% em 2025.

O banco central explica que o crescimento da economia estagnou no segundo e terceiro trimestres de 2023 e deverá manter um crescimento baixo no quarto trimestre.

“A evolução recente da atividade reflete a fraqueza da procura externa, os efeitos cumulativos da inflação e a maior restritividade da política monetária, que se transmitiu às condições de financiamento dos agentes económicos”, explica o relatório.

A instituição liderada por Centeno destaca que a subida de taxas de juro tem um impacto negativo mais rápido no setor industrial, com os serviços a evidenciarem maior resiliência.

“Esta resiliência dos serviços tem suportado a manutenção de uma situação favorável no mercado de trabalho, não obstante algum abrandamento recente do emprego”, refere.

Em termos trimestrais, prevê que o crescimento irá recuperar “de forma muito gradual ao longo de 2024”.

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