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Bebés expostos a profissional de saúde com tuberculose em Viseu sem evidência da doença

Serviço de neonatologia do Santa Maria encerrado
Rene Asmussen, Pexels.com

54 bebés de maior risco dos 124 que contactaram doente com tuberculose foram rastreados e estão sem “evidência da doença”.

A direção clínica da Unidade Local de Saúde Viseu Dão Lafões (ULSVDL) disse hoje à agência Lusa que os 54 bebés de maior risco dos 124 que contactaram doente com tuberculose foram rastreados e estão sem “evidência da doença”.

Num documento enviado à agência Lusa, a direção clínica da USLVDL “confirma que houve um contacto de risco de um profissional [de saúde] infetado com tuberculose com recém-nascidos na enfermaria de Obstetrícia, que ocorreu em novembro e dezembro” de 2023. 

“Apesar de se tratar de um contacto de baixo risco pelo pouco tempo de exposição, os recém-nascidos são particularmente vulneráveis e imaturos, pelo que se considerou adequado promover uma ação de rastreio, de acordo com as boas práticas”, afirma.

A nota da direção clínica, dirigida por Eduardo Melo, informa também que “foram identificados 124 recém-nascidos expostos, divididos em dois grupos, consoante o nível de risco” de contágio.

“Os pais foram contactados individualmente pela Unidade de Saúde Pública da ULS Viseu Dão Lafões e a observação clínica dos 54 recém-nascidos de maior risco foi já realizada pelo Serviço de Pediatria, não havendo até à data nenhuma evidência de doença nas crianças, atendendo ao exame clínico e à radiografia do tórax”, adianta.

Este responsável acrescenta que a Unidade de Saúde Pública e o Serviço de Pediatria da ULS de Viseu Dão Lafões está a desenvolver os procedimentos de rastreio adequados às idades dos contactos.

“Nos próximos dias será iniciado o rastreio dos restantes 70 recém-nascidos, considerados de menor risco”, sublinhou.

“O risco de transmissão de tuberculose não é valorizável para os pais das crianças, nem para os seus familiares que os tenham visitado, pelo que não estão incluídos nesta ação de rastreio”, sustenta a ULSVDL.

A direção clínica informa também que “não há outros profissionais de saúde com indicação para rastreio, porque os contactos são de baixo risco” de contágio.

“Trata-se assim de um caso isolado e não de um surto hospitalar de tuberculose, enquadrando-se todas as ações promovidas nas boas práticas de saúde pública”, salienta.

Neste sentido, essas boas práticas “foram reforçadas apenas por se tratar de recém-nascidos, não havendo necessidade de nenhum rastreio a profissionais de saúde nem a familiares dos recém-nascidos”.

A ULSVDL refere ainda que “estes procedimentos são meramente preventivos e estão previstos nas Normas e Orientações da DGS [Direção-Geral da Saúde] e vão incluir a realização de testes ao sangue e prova tuberculínica, mantendo-se a vigilância de todas as crianças expostas pelos serviços de saúde”.

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