Revê em baixa défice de 2022 para 0,5% e aponta para 0,6% em 2023.
O Conselho das Finanças Públicas (CFP) manteve hoje a previsão de crescimento da economia portuguesa de 1,2% este ano, assinalando a forte desaceleração face a 2022, e alerta para a elevada incerteza internacional.
No relatório sobre as perspetivas económicas e orçamentais 2023-2027, divulgado hoje, a instituição presidida por Nazaré da Costa Cabral, aponta, num cenário de políticas invariantes, para uma desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,7% no ano passado para 1,2% este ano, a mesma previsão do que anteriormente.
Este cenário está em linha com a estimativa do Governo português, que vê o PIB a avançar 1,3%.
Revê em baixa défice de 2022 para 0,5% e aponta para 0,6% em 2023
O Conselho das Finanças Públicas reviu hoje em baixa a estimativa do défice em 2022 para 0,5% do PIB, face aos 1,3% avançados em setembro, projetando um ligeiro aumento para 0,6% este ano, abaixo da estimativa do Governo.
No relatório sobre perspetivas económicas e orçamentais entre 2023 e 2027, hoje divulgado, a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral revela-se mais otimista sobre o défice de 2022 – que será divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na sexta-feira – do que o Governo, que na proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) estimava um défice de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), mas o primeiro-ministro já afirmou que será inferior a 1,5% do PIB.
De acordo com o Conselho das Finanças Públicas (CFP), “o elevado crescimento da atividade económica em 2022 e o efeito da inflação no aumento da receita fiscal contribuíram para um resultado orçamental melhor do que o previsto pelo Ministério das Finanças”, apontando agora a estimativa orçamental da instituição que o défice se tenha fixado em 0,5% do PIB, uma revisão em baixa face à estimativa de 1,3% do PIB apresentada em setembro.
A instituição, num cenário de políticas invariantes, projeta um ligeiro aumento do défice orçamental para 0,6% do PIB, este ano, “em resultado da forte desaceleração do crescimento económico, do impacto da aplicação de medidas relacionadas com a energia e do aumento dos vencimentos da função pública”, o que compara com a estimativa de 0,9% do executivo.