Costa afirma que militares portugueses na Roménia estão em missão de defesa da paz

Costa afirma que militares portugueses na Roménia estão em missão de defesa da paz
EPA/ROBERT GHEMENT© 2022 LUSA

O primeiro-ministro afirmou hoje aos militares portugueses presentes na Roménia que terão como principal objetivo a manutenção da paz na Europa, num discurso em que salientou o respeito pelo direito internacional e o caráter defensivo da NATO.

António Costa discursou perante os 222 militares portugueses na Base Militar de Caracal, tendo ao seu lado o Presidente da República, Klaus Iohannis, e o primeiro-ministro da Roménia, Nicolae Ciucâ, que agradeceram a presença de tropas nacionais no seu país, assim como o “contributo” de Portugal para a modernização das Forças Armadas romenas.

Numa intervenção em português e em inglês, o líder do executivo português realçou a natureza “defensiva” da NATO e destacou o princípio da Aliança Atlântica segundo o qual um ataque a um Estado-membro é considerado “um ataque contra todos”.

“Estamos a tornar claro à Rússia de que há um alto preço a pagar pela agressão contra qualquer membro da NATO. A Rússia não deve ter dúvidas sobre a nossa determinação em defender cada palmo de terra”, frisou, tendo perto de si a ministra da Defesa, Helena Carreiras.

Dirigindo-se aos militares portugueses, António Costa afirmou que, com a sua visita à Base de Caracal, situada a cerca de 60 quilómetros de Craiova e a 200 quilómetros de Bucareste, está a cumprir uma promessa que lhes fez recentemente, antes de partirem para a Roménia, quando esteve na Base Militar de Santa Margarida.

“Mas mais importante estou a transmitir-vos o agradecimento que fazem todos os cidadãos pela forma como prestigiam o nome de Portugal, honram o nosso compromisso internacional no quadro da NATO e contribuem, com risco de sacrifício da vossa vida, para a segurança coletiva de todos os países da NATO”, declarou o primeiro-ministro.

O líder do executivo fez a seguir questão de referir que “a NATO é uma organização defensiva, não busca a guerra e procura a paz”.

“A vossa missão, ao procurarem garantir o respeito pelo direito internacional e assegurar a soberania de cada Estado-membro da NATO, contribui para que a paz se mantenha no território da Aliança Atlântica e chegue tão depressa quanto possível ao martirizado território ucraniano invadido pela Rússia”, advogou.

Mas António Costa foi ainda mais longe neste ponto: “Sim, esta é uma missão militar, mas é uma missão militar para reforçar as forças da paz”.