Prossegue esta sexta-feira o julgamento de João Carreira, acusado de planear um atentado terrorista na Faculdade de Ciências de Lisboa. A mãe do arguido revelou que o filho era incapaz de matar. Já o perito da PJ afasta a insanidade do jovem.
Meigo, puro e sem maldade. É desta forma que Cristina Carreira descreve o filho acusado de planear um atentado terrorista, em fevereiro deste ano.
A mãe de João Carreira revelou só ter sido informada da mudança do filho para Lisboa quando saíram as colocações das faculdades. Admite ter ficado surpreendida por não ter entrado em Leiria, até porque, João nunca tinha vivido sozinho até se mudar para a Capital.
Durante a audição na manhã desta sexta-feira falou ainda sobre a relação do jovem com os animais. Explicou que o filho não conseguia ver sangue e quando via animais mortos que os pais criavam em casa, chorava.
O perito da Polícia Judiciária que analisou o comportamento e a saúde mental do jovem também testemunhou. Disse que João sofria de uma perturbação depressiva, que influenciava as escolhas, no entanto, isso não o impedia de discernir o que era certo ou errado.
Rya, uma amiga do estudante, também falou ao longo desta sessão. Admitiu lembrar-se de poucos pormenores, detalha que João lhe terá contado o seu plano. A jovem de 22 anos confirmou também ter recebido uma mensagem do amigo a dizer que iria ser morta no espaço de duas semanas. Plano e mensagem que terá desvalorizado, uma vez que pensou ser uma brincadeira.
O avô de João Carreira também deixou claro que o neto nunca foi violento e até descreveu que tinha medo de pegar num canivete.
