Nove cidadãos brasileiros foram detidos esta quinta-feira por suspeitas de liderarem uma falsa corretora de ações na área de Lisboa.
O grupo de burlões tinha a funcionar dois call centers. Um na área de Lisboa e outro na margem sul do Tejo. Os funcionários que contactavam as vítimas por telefone apresentavam um produto com retornos financeiros atrativos. Na internet, a empresa publicitava a venda de ações de várias empresas cotadas no mercado internacional, mas a valores mais baixos do que o normal, sendo esse o isco que permitia atrair investidores que confiavam que estavam a fazer um bom negócio. Os clientes, todos de nacionalidade brasileira, enviavam largas quantias de dinheiro para a empresa que nunca chegou a investir o dinheiro, tal como prometia.
No verão do ano passado, o Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Lisboa começou a receber várias queixas de pessoas que tinham caído no esquema da falsa corretora de ações.
O processo foi depois entregue à Divisão de Investigação Criminal da PSP de Lisboa. Após várias diligências, os investigadores avançaram esta quinta-feira para o terreno para dar cumprimento a oito mandados de busca domiciliária e a cinco mandados de busca não domiciliária. Nove homens e mulheres, todos de nacionalidade brasileira, foram detidos.
A PSP acredita que os elementos detidos eram os cabecilhas que lideravam o grupo criminoso.
À Record TV, fonte ligada à investigação esclarece que dada a extensão da atividade criminosa ainda não foi possível apurar o número exato de vítimas que foram burladas. Mas a maioria reside em território brasileiro, as restantes em Portugal, mas nenhuma é portuguesa. Certo é que todas ficaram sem o dinheiro que entregaram à falsa empresa de venda de ações. A investigação acredita que o grupo burlão terá conseguido lucrar mais de um milhão de euros.
Para não levantar suspeitas, a empresa em causa mudava de nome com muita regularidade.
A operação da Divisão de Investigação Criminal da PSP ainda decorre.