Fenprof alerta que falta de professores será mais grave

Fenprof alerta que falta de professores será mais grave
© Lusa

A Federação Nacional dos Professores anunciou hoje que o número de alunos sem todos os docentes atribuídos deverá aumentar.

“A falta de professores este ano vai ser um problema mais grave do que nos anos anteriores”, avisou hoje o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira. O responsável sindical informou que este ano letivo, que começa dentro de aproximadamente duas semanas, “vai aumentar os professores não profissionalizados e o número de alunos sem os professores todos”.

Em declarações aos jornalistas, Mário Nogueira explicou que ainda é cedo para fazer contas e perceber quantos serão os alunos com falta de professores, porque ainda estão a decorrer as reservas de recrutamento que permitem às escolas contratar para ocupar os horários vazios.
No entanto, alertou, “há 20 800 professores nas reservas de recrutamento para cerca de 30 a 35 mil contratações que vão ser precisas”.

Além disso, há cada vez mais docentes a entrar para a reforma: este ano, até ao final de setembro, haverá 2 493 professores aposentados, aos quais se vão juntar “mais de 300 por mês até ao final de dezembro, o que dá mais de mil”.

Mário Nogueira defende que é preciso tornar a profissão mais atrativa e melhorar as condições de trabalho, tendo uma comitiva da Fenprof estado hoje no ministério da Educação para entregar mais uma proposta para a recuperação do tempo de serviço congelado.

O ministro da Educação, João Costa, anunciou na semana passada que estavam preenchidos 95% dos pedidos feitos pelas escolas, que correspondiam à colocação de quase 13 mil docentes.