Governo já pagou apoios a mais de 3,85 milhões de portugueses

Alexandra Reis vai ter de devolver indemnização da TAP. Fernando Medina
LUSA/ António Pedro Santos

O ministro das Finanças, Fernando Medina, indicou hoje que os apoios extraordinários para fazer face à inflação já chegaram a 3,8 milhões de portugueses, totalizando 1.123 milhões de euros.

Fernando Medina falava numa audição na Comissão do Orçamento e Finanças (COF), no parlamento, sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

“O Governo fez chegar 1.123 milhões de euros a mais de 3.850 mil portugueses, dos quais 420 mil crianças”, disse o governante, explicando que tal abrange os apoios extraordinários aos rendimentos dos trabalhadores e os apoios excecionais aos pensionistas.

O responsável pela pasta das Finanças garantiu que “nas próximas semanas será concluído o recebimento dos apoios”.

Apesar de admitir que “estes apoios não anulam por inteiro a subida dos preços”, Fernando Medina defendeu que “ajudam a mitigar os seus efeitos”, assinalando que a classe média está a ser afetada pela alta dos preços.

Em causa está o apoio extraordinário a titulares de rendimentos (que não de pensões), no valor de 125 euros, que começou a ser pago esta quarta-feira pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), abrangendo pessoas com rendimentos anuais brutos até 37.800 euros na declaração de IRS de 2021 e residentes em Portugal.

As pessoas que se encontram nesta situação e tenham dependentes até aos 24 anos (ou sem limite de idade no caso dos dependentes por incapacidade), recebem, além dos 125 euros, um apoio extra de 50 euros por filho, sendo este valor atribuído às pessoas identificadas como sendo os respetivos responsáveis parentais na declaração do IRS.

O ministro das Finanças anunciou no início desta semana que a AT começaria a pagar o apoio esta quarta-feira, ao ritmo de 500 mil processamentos por dia, estimando ter o processo concluído em 10 dias.

Já a Segurança Social, começará a efetuar o pagamento dos 125 euros na próxima segunda-feira, abrangendo 1,6 milhões de beneficiários, nomeadamente pessoas que recebem prestações sociais como o rendimento social de inserção ou o subsídio de desemprego.

Em causa está também, segundo a indicação de Medina, o complemento excecional aos pensionistas criado para mitigar o impacto da inflação, que corresponde a metade do valor da sua pensão.