Governo quer analisar baixas médicas dos professores

Governo quer analisar baixas médicas dos professores
Envato

O Ministério da Educação quer criar 7 mil e 500 juntas médicas para avaliar os pedidos de mobilidade por doença dos professores. Em causa, está o aumento de docentes a pedir este regime.

São 7500 juntas médicas para avaliar os professores. O Ministério da Educação pretende verificar baixas médicas que levantem dúvidas, nomeadamente pedidos de mobilidade por doença já concedidas e pedidos do ano letivo 2023/2024.

A decisão surge numa altura em que há cada vez mais docentes a pedir mudança de escola por problemas de saúde.

Em dez anos, o país passou de 128 para mais de oito mil docentes destacados por motivos de saúde. No último pedido de mobilidade, apenas 56% dos mais de 7500 professores conseguiram ser colocados, ou seja, 4 268 docentes.

No entanto surgiram novas alterações a este regime. Foi definida uma distância mínima entre a escola de origem e a residência ou o prestador de cuidados médicos e a instituição para o qual o docente pede transferência.

Os dados demonstram ainda que quase três mil docentes a quem foi reconhecido este direito, ficaram impedidos de mudar de escola devido às novas regras.

A Fenprof já reagiu e em comunicado, criticou o governo por ter omitido a eventual realização das juntas médicas e considera que é mais uma demonstração errada de conduzir a política educativa.