Autarquias devem fazer levantamento dos prejuízos até ao próximo dia 15 de janeiro.
O Governo vai apoiar os municípios da Grande Lisboa afetados pelo mau tempo desde quarta-feira à noite.
“Os apoios dependem sempre do levantamento dos danos”, disse Mariana Vieira da Silva, salientando que os municípios, em articulação com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo, deverão avaliar os prejuízos, se possível, até ao final do ano, tendo ficado como data limite o dia 15 de janeiro.
A governante falava aos jornalistas no final de uma reunião com os autarcas da Área Metropolitana de Lisboa (AML) para avaliar o impacto das cheias registadas na quarta-feira à noite, que contou com a presença de 11 dos 18 municípios da AML: os nove da margem norte do rio Tejo – Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca de Xira – e dois da margem sul – Seixal e Almada.
Não participaram na reunião, que decorreu na sede da AML, em Lisboa, sete municípios da margem sul: Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Sesimbra e Setúbal.
Os 11 municípios presentes na reunião foram convocados considerando os dados das ocorrências da Proteção Civil, apesar de ter sido dada a possibilidade de os restantes também comparecerem, se assim o entendessem, explicou a ministra, ressalvando que os impactos da intempérie são “muito diferenciados” entre os territórios da AML.
Sem revelar qualquer dado provisório dos prejuízos contabilizados e do montante necessário para prestar os apoios, a ministra afirmou que “esse valor depende de uma ação que, neste momento, são os municípios que vão desenvolver”, referindo que, “ainda hoje”, a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo partilhará a base desse levantamento, tal como já aconteceu noutras situações de catástrofe.
“É um trabalho sério, profundo, que será feito com a maior rapidez possível para, depois, podermos definir as respostas e os apoios que o Governo está totalmente disponível para fazer aprovar”, realçou a governante, acrescentando que, durante a reunião com 11 dos 18 municípios da AML, nenhum presidente da câmara avançou com algum número relativo à quantificação dos prejuízos.
Os apoios do Governo serão direcionados para danos em infraestruturas que precisam de recuperação, desde equipamentos municipais a danos de particulares, assim como os prejuízos no setor do comércio e serviços que tenham sido afetados.
Desde a noite de quarta-feira, o mau tempo associado à chuva intensa provocou várias inundações, o que motivou o corte de estradas, túneis e acessos a estações de transporte, assim como danos em estabelecimentos comerciais, habitações e veículos, causando elevados prejuízos.
Há a registar a morte de uma mulher em Algés, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, e dezenas de pessoas desalojadas.