Vany Viera, que assassinou a companheira grávida, foi ouvido no Tribunal do Barreiro tendo-lhe sido atribuída a medida de coação mais gravosa.
Esta quinta-feira, a mulher foi encontrada em casa pela polícia com vários golpes de faca no corpo, nomeadamente da zona da barriga. As equipas do INEM ainda tentaram prestar socorro às vítimas, mas os óbitos de mãe e bebé foram declarados ainda no local do crime.
De acordo com os primeiros indícios, as agressões de arma branca poderão ter acontecido na terça-feira, ou seja, dois dias antes de a vítima de ter sido encontrada. Os vizinhos que residem no prédio dizem que não se aperceberam de discussões entre o casal que vivia ali há poucos meses.
Natural de Cabo Verde, Denise Rosa estava grávida pela quinta vez: faltava um mês para conhecer Deyliana. No início desta semana, a mulher de 38 anos relatou a uma prima não estar bem e que precisava de conversar. Na altura não terá dado mais detalhes do pesadelo que estava a viver.
Ao que a Record TV conseguiu apurar um familiar próximo da vítima pediu ajuda à PSP, quando viu uma publicação do Facebook, suspeitando que o namorado teria tirado a vida a Denise Rosa.
Depois de confessar o crime na internet, o suspeito apagou o texto. Sabe-se ainda que Vany terá comentado o que fez a outras pessoas. Dizia mesmo que não era o pai do filho que a namorada estava à espera.
Como o cabo-verdiano, de 29 anos, já teria vivido em França, rapidamente as autoridades montaram no terreno uma caça ao suspeito. Na manhã desta quinta-feira, Vany foi detetado na zona de chegadas do aeroporto de Lisboa. Ao telefone, o homem que parecia estar desorientado pedia dinheiro a família e amigos para tentar comprar um bilhete para fugir do país.
No bolso tinha 15 euros e ainda uma faca com uma lâmina de 9 centímetros que poderá ter sido usada para assassinar a namorada. Já na esquadra da polícia também tentou escapar, mas foi de imediato apanhado.
