Desde que foi criada, a linha telefónica parta denunciar crianças em perigo já recebeu mais de 2 500 chamadas. Denúncias prendem-se com situações de abandono, menores sozinhos em casa ou em conflito parental.
Foi criada em maio de 2020 quando decorria o primeiro confinamento geral devido à pandemia de Covid-19 e pretendia conhecer a realidade das crianças em situações de risco num cenário de uma parentalidade fechada, como naquela altura estava o país.
Dois anos depois, a linha telefónica crianças em perigo recebeu 2550 chamadas segundo informou a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens, à agência Lusa.
As denúncias reportaram essencialmente situações de abandono, menores sozinhos em casa ou em conflito parental de violência doméstica. De acordo com o balanço, algumas situações mostraram ser graves ou muito graves sedo depois encaminhadas para a Comissão de Proteção de crianças e jovens.
Um esforço para mostrar que a responsabilidade de proteger crianças pertence a todos e que a sociedade civil deve estar atenta e denunciar situações de risco. A maior parte das chamadas foi feita por familiares, vizinhos e amigos das crianças visadas.
Em junho de 2020 a mesma organização criou também um formulário eletrónico com a mesma finalidade, tendo sido recebidas mais de 4 800 comunicações através desse mecanismo.
Todos os anos a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens acompanha cerca de 60 mil crianças, sendo que anualmente surgem cerca de 40 mil novos casos.