No espaço de um ano foram acrescentados 203 abusadores de menores à base de dados.
O Registo de Condenados por Crimes Sexuais contra Crianças tinha até março deste ano quase seis mil nomes de pedófilos.
Os dados fornecidos ao Jornal de Notícias pelo Ministério da Justiça mostram que a lista de pedófilos, como é conhecida, era até ao final do primeiro trimestre deste ano a mais extensa de sempre. Desde o ano passado foram acrescentados 203 nomes.
Seis anos após a criação da lista, o presidente da Associação para a Intervenção Jus-psicológica, Carlos Poiares, em entrevista ao JN, mantém a dúvida sobre a eficácia da medida.
Já a líder do Instituto de Apoio à Criança, Dulce Rocha, diz, à mesma publicação, que esta lista de nomes pode ter um efeito dissuasor.
No entanto, ambos concordam que a lista só por si não resolve o problema e que o número está muito longe da realidade.
Carlos Poiares é apologista de um trabalho terapêutico acentuado junto do abusador e da realização de ações de prevenção de crimes sexuais junto de potenciais vítimas e famílias.
Dulce Rocha diz que devia existir um maior controlo do paradeiro do agressor sexual e da atividade profissional que desempenha, porque há sempre o risco de voltar a molestar uma criança.