Marcelo adverte que saída da crise económica “pode demorar um pouco mais”

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LUSA/ André Kosters

Números do desemprego sinalizam que a “evolução internacional está lenta”.

O Presidente da República advertiu que a saída da crise económica pode “demorar um pouco mais tempo” do que se esperava e considerou que os números do desemprego sinalizam que a “evolução internacional está lenta”.

Questionado se os números do desemprego – que, segundo os dados mensais do Instituto Nacional de Estatística (INE), se encontra nos 7,1%, sendo janeiro o terceiro mês seguido em houve um aumento – Marcelo Rebelo de Sousa disse que esse dado é um “sinal de alerta”.

Em declarações aos jornalistas na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que o aumento do desemprego é um sinal “de que a evolução internacional está lenta, de que a guerra continua, de que a inflação ainda em muitos países continua alta, de que a economia internacional não recuperou”.

“Mesmo grandes potências europeias como a Alemanha estão a ter uma evolução lenta e como é um mundo aberto, isso tem efeitos”, frisou.

Um desses efeitos, segundo o chefe de Estado, é, “embora num valor baixo, a subida nalguns setores da taxa de desemprego”, uma vez que o período atual “é um período ainda de baixa atividade”.

O Presidente da República deu o exemplo do turismo que, apesar de “estar a correr muito bem”, vai “aumentar progressivamente durante o ano”.

“Portanto, eu diria, sempre com precaução, que a saída do período de crise – que vem do passado, a pandemia agravou e que a guerra também agravou, tem muitos fatores -, é uma saída que pode demorar um pouco mais tempo do que alguns esperavam”, referiu.

Apesar disso, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o facto de, em 2022, a economia portuguesa ter crescido 6,7% em “produto bruto”, é uma “boa notícia”

“Agora, sabemos já que em 2023 não é possível um crescimento assim e, portanto, vamos ver exatamente qual vai ser a evolução da economia. Sabem como eu sou: eu não pertenço nem aos pessimistas, nem aos otimistas esfuziantes e, portanto, gosto de estar numa posição muito serena e muito realista e intermédia”, disse.