Ao longo de dois mandatos o Presidente da República recebeu carinho popular, enfrentou momentos difíceis e crises governativas.
O ‘Professor Marcelo’, como é carinhosamente tratado pelos portugueses, concluiu todos os graus de ensino em Lisboa e em 1971 terminou a sua licenciatura em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Um ano depois, iniciaria a sua carreira como professor na instituição.
Em 1984 terminou o doutoramento na área das ciências jurídico-políticas, percurso que o lançou na vida política. Durante 46 anos foi professor universitário e paralelamente colaborou com vários órgão de comunicação – na imprensa, rádio e televisão -, desempenhando funções de direção e gestão, de colaborador e comentador.
Desde cedo que participou na vida política nacional de uma forma ativa e em 1974 foi membro pioneiro do Partido Popular Democrático, mais tarde renomeado Partido Social Democrático (PSD), sendo eleito deputado à Assembleia Constituinte.
Ao longo do tempo ocupou vários lugares políticos, tendo sido membro do Conselho de Estado nos mandatos dos presidentes Jorge Sampaio e Aníbal Cavaco Silva.
Em outubro de 2015 anunciou a sua candidatura à Presidência da República. A 24 de janeiro de 2016 foi eleito como o quinto Presidente da República com 52% dos votos, sob o lema ‘Juntos por Portugal’. Na sua tomada de posse, Marcelo afirmou que “o Presidente da República é o Presidente de todos. Sem querer ser mais do que a Constituição permite. Sem aceitar ser menos do que a Constituição impõe.”
Durante os seus primeiros quatro anos de mandato, o Presidente passou por diversas provações, como a tragédia de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, em junho de 2017. Lidou também com o ‘caso Tancos’ e, meses mais tarde, em outubro desse mesmo ano, teve novamente de enfrentar a fúria dos incêndios no centro do país.
Em março de 2020 Portugal registou os primeiros casos de covid-19. Em dezembro Marcelo anunciou a sua recandidatura ao cargo de Presidente da República e a 24 de janeiro de 2021 voltou a ganhar as eleições, com 60,67% dos votos.
No final desse ano, Marcelo decidiu dissolver o Parlamento, devido ao chumbo do Orçamento do Estado para 2022.
Mais uma vez, em novembro de 2023, o país lida com uma nova crise governativa e o parlamento foi dissolvido pela segunda vez, no seguimento da Operação Influencer.
Os dois mandatos de Marcelo Rebelo de Sousa ficam marcados pela forma como desempenhou o cargo, mostrando-se um líder humano, próximo dos seus concidadãos.
